Web Summit em Portugal até 2028. Conheça os números
Governo, autarquia e organização divulgaram esta quarta-feira alguns números do evento. Portugal vai pagar 11 milhões por ano para manter o Web Summit em Lisboa.
“Ganhámos!”. Foi assim que Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, anunciou oficialmente esta manhã que o Web Summit fica em Lisboa nos próximos dez anos. Depois de meses de negociações, Lisboa venceu a concorrência, que contava com cidades como Madrid, Berlim, Valência, Londres e Paris.
Paddy Cosgrave, cofundador e CEO da maior conferência de empreendedorismo e tecnologia do mundo, diz que não foram os números que mais pesaram na balança que levou a organização irlandesa a escolher Portugal e, a capital, Lisboa, para ser casa do Web Summit até 2028.
Ainda assim, na conferência de imprensa da manhã desta quarta-feira foram divulgados vários números que serviram de sustentação à proposta de Lisboa.
2028
Lisboa vai ficar ligada ao Web Summit até 2028. O acordo entre o Governo, o Web Summit e a Câmara de Lisboa prevê que o evento se mantenha na capital portuguesa durante os próximos dez anos. O Web Summit mudou-se para Lisboa em 2015, primeira cidade além de Dublin, onde foi criado, a acolher o evento.
11 milhões de euros
O valor que Portugal vai pagar ao Web Summit para garantir que o evento continua em Lisboa. O montante será pago anualmente e servirá de apoio à organização. O investimento de 11 milhões será repartido pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico lisboeta e pelo Ministério da Economia, anunciou o ministro Manuel Caldeira Cabral esta manhã.
Nos primeiros três anos, o Governo investiu 1,3 milhões por ano para garantir a realização do evento em Portugal. O impacto económico anual do evento, estimado pelo Governo no ano passado, foi de 300 milhões de euros apenas em turismo e serviços associados.
340 milhões de euros
O valor anual da cláusula que o Web Summit terá de pagar a Portugal se decidir sair do país antes do final do período acordado. O Web Summit deve manter-se em Portugal nos próximos dez anos, prolongando para 13 o número de anos em que organizou o evento em Lisboa. No total, a cláusula de rescisão de contrato poderá ascender aos três mil milhões de euros.
00h00
Já passava da meia-noite de sexta-feira passada quando Paddy Cosgrave recebeu uma chamada de Fernando Medina. “Este homem [referindo-se a Fernando Medina] ligou-me depois da meia-noite quando as coisas não estavam a avançar. (…) E fez dos melhores discursos depois da meia noite que já ouvi, seguramente depois de jantar num bom restaurante e com um bom vinho. (…) Fui para o meu hotel, depois fui jantar sozinho, cruzei-me com um grupo de engenheiros do Exército, e depois com um grupo de trabalhadores jovens da Farfetch, que me perguntaram para onde ia o evento. Todos estes momentos em que fui abordado me inspiraram”, contou o CEO do Web Summit sobre o processo de negociação com Lisboa para a continuidade do Web Summit.
100 mil
O número de referência de participantes avançado por Fernando Medina na conferência de imprensa. “O investimento na FIL vai permitir acolher 100 mil participantes, ou mais”, garantiu o presidente da Câmara de Lisboa.
30 milhões
Também presente numa parte da conferência de imprensa, o primeiro-ministro António Costa disse esta manhã que o valor das receitas fiscais diretas vindas do Web Summit foram de 30 milhões de euros em 2017.
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