DBRS: Reestruturação da banca nacional “já começa a dar frutos”
A agência de notação financeira diz que o primeiro semestre foi um ponto de viragem para os bancos nacionais, considerando que os desafios que enfrentam estão a reduzir-se.
A DBRS faz uma retrato positivo da banca nacional. Numa nota de research divulgada nesta quinta-feira, a agência de notação financeira considera que os “planos de reestruturação dos bancos já começam a dar frutos”. Diz que o primeiro semestre representou um “ponto de viragem” para a banca nacional, considerando que os desafios que enfrenta estão a reduzir-se.
“Os bancos portugueses alcançaram um ponto de viragem no primeiro semestre de 2018”. É este o título que a DBRS dá uma nota de research onde aplaude os progressos conseguidos pelos bancos portugueses em termos da qualidade dos ativos e da sua rentabilidade, em resultado dos planos de reestruturação levados a cabo. Investimento que salienta foi possível “ver os frutos” na primeira metade deste ano.
No primeiro semestre, os bancos nacionais apresentaram agregadamente os primeiros lucros desde 2011. O lucro líquido não atribuível ascendeu a 759 milhões de euros, valor que compara com prejuízos líquidos de 110 milhões de euros na primeira metade de 2017.
“A DBRS vê os resultados do primeiro semestre para os bancos portugueses como uma demonstração dos progressos no que respeita à qualidade dos ativos e rentabilidade após medidas significativas tomadas ao longo dos últimos dois anos”, salienta a agência de notação financeira canadiana.
Em resultado disso, diz considerar que “os desafios que a maioria dos bancos enfrenta se estão a reduzir após terem atingido um ponto de viragem no primeiro semestre de 2018“.
A DBRS destaca ainda o facto de no segundo trimestre do ano, os bancos portugueses terem conseguido dar continuidade às tendências positivas observadas nos trimestres anteriores. No que diz respeito à rentabilidade, apesar de considerar ser fraca, está de forma gradual a melhorar nos diferentes bancos, em resultado das “significativamente mais baixas provisões e algum crescimento nas receitas core“.
Bons progressos nos NPL, mas é preciso mais
Relativamente ao balanço do primeiro semestre, são salientados os progressos feitos em termos da qualidade dos ativos dos bancos, mas também a redução do malparado — os designados Non-Performing Loans (NPL). O rácio agregado dos NPL (na definição da EBA e excluindo exposições aos bancos centrais e instituições de crédito) foi de 12,9% no final do primeiro semestre, abaixo dos 14,5% registados no final de 2017, com todos os bancos a conseguirem melhorias nesse indicador.
Ainda assim, apesar de considerar que os desafios no que diz respeito à qualidade dos ativos, salienta a necessidade de os bancos darem seguimento à redução dos NPL.
Face a este cenário, a agência de rating antecipa que todos os bancos, à exceção do Novo Banco, venham a encerrar o ano com lucros.
(Notícia atualizada às 9h28 com mais informação)
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