Marques Mendes diz que “este Orçamento será dos mais eleitoralistas de sempre”

O comentador da SIC diz que o Orçamento será “dos mais eleitoralistas de sempre”. Antecipa saída de Centeno se PS ganhar as eleições e coloca Vieira da Silva como possível opção para as Finanças.

No seu comentário na SIC, Marques Mendes faz três sublinhados em relação ao Orçamento que será apresentado no próximo dia 15, começando por elogiar e acabando a criticar o documento:

  1. “Acho que este Orçamento vai ter uma marca histórica, que é um défice de 0,2%, quase 0%. Nunca aconteceu em democracia”.
  2. “Vai ser muito popular. Função Pública vai gostar, pensionistas vão gostar, utentes dos transportes públicos vão gostar. É um Orçamento muito popular”.
  3. “Do ponto de vista político, é dos mais eleitoralistas de sempre”. Mendes dá como exemplo a medida da redução dos preços dos passes sociais que “é a que mais vai contribuir para a maioria absoluta” do PS nas próximas eleições.

O comentador receia que este Orçamento “levante problemas para o futuro, quando a economia começar a arrefecer. Hoje dá-se, amanhã tira-se”. Marques Mendes faz um paralelo com o primeiro governo de António Guterres “que também era minoritário, tinha a economia em alta” e seguia a lógica da “chapa ganha, chapa gasta”.

Caso os socialistas consigam vencer as próximas eleições, Mendes revela que Mário Centeno sairá do Governo, devendo ocupar um lugar europeu. E quem será o próximo ministro das Finanças neste cenário?

Marques Mendes afirma que “a solução mais óbvia será Mourinho Félix”, o atual secretário de Estado das Finanças, mas também coloca em cima da mesa o nome de Vieira da Silva, atual ministro da Segurança Social. Mendes recorda que há três anos, quando António Costa estava a preparar o Governo, Vieira da Silva era precisamente “o plano A” para a pasta das Finanças e Centeno seria a opção na altura para a Segurança Social.

“Azeredo Lopes deveria sair ou ser convidado a sair”

No comentário na SIC, Marques Mendes falou ainda sobre o caso de Tancos e considera que o ministro das Defesa “deveria sair ou ser convidado a sair”. E aponta três razões:

  1. “Está sob uma suspeita, fica diminuído na sua atividade”. Deu como exemplo “as cerimónias militares do 5 de outubro” em que o ministro “meteu baixa, não apareceu”.
  2. “Não é um ministro qualquer, é o ministro das Forças Armadas. É também uma mancha sobre as Forças Armadas e o ministro devia colocar o interesse das Forças Armadas acima do seu”.
  3. Pode acontecer que venha a ser constituído arguido. Pode ser ouvido como testemunha, mas depois pode ser como arguido. Por isso seria mais digno sair com o seu próprio pé”. Remata afirmando que “não é uma assunção de culpa, é colocar o interesse público acima do pessoal”.

(Notícia atualizada às 21h30)

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