PSD satisfeito com défice mas preocupado com subida de juros
O ministro das Finanças está a apresentar as linhas gerais do OE para 2019. O Governo prevê ligeira desaceleração da economia no próximo ano. O Orçamento é entregue dentro de seis dias.
O PSD está satisfeito com a meta do défice para 2019, mas está preocupado com a subida das taxas de juro da dívida pública que aí vem e que o líder parlamentar laranja revelou ser uma tendência que o ministro das Finanças também antecipa.
“Naturalmente a redução do défice satisfaz o PSD“, disse Fernando Negrão aos jornalistas à saída do encontro com o ministro das Finanças que está a apresentar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2019 aos partidos. O Governo prevê um défice entre 0% e 0,2% para o próximo ano.
Negrão mostrou-se ainda satisfeito com a previsão da taxa de desemprego, que o Executivo vai rever em baixa para cerca de 6%, como revelou o deputado do PAN, André Silva, esta manhã. O PSD foi o segundo partido a ser recebido pelo Governo.
No entanto, o PSD salienta que saiu do encontro preocupado com duas questões para as quais não obteve resposta. “As taxas de juro vão começar a subir. O próprio ministro confirmou isso“, disse o líder da bancada parlamentar, acrescentando que este é um ponto que “exige cautela”, mas para o qual o PSD “não obteve resposta”. Além disso, também os níveis de poupança preocupam o partido de Rui Rio.
Foi uma “reunião interessante”, mas com “poucas respostas”, afirmou ainda.
Questionado sobre o sentido de voto do PSD e as propostas de alteração ao documento, Fernando Negrão remeteu uma resposta para mais tarde, quando for o momento da votação do Orçamento no Parlamento, marcada para o final do mês. “Estamos ainda longe” dessa data.
O líder da bancada disse ainda acreditar na meta da dívida pública, que o Governo vai rever em baixa para 117% do PIB. “Acredito na meta na medida da redução do défice”.
CDS acusa Governo de “austeridade dissimulada”
À saída da reunião com o ministro das Finanças, o CDS-PP acusou o Governo de apresentar um Orçamento do Estado que perde a “oportunidade única de investir a sério na economia e na iniciativa privada”.
Na opinião de Cecília Meireles, a proposta avançada por Mário Centeno mantém a política de “consolidação orçamental através de austeridade dissimulada”, isto é, através da aprovação de despesas que “não serão realizadas”.
Nesse sentido, a deputada considerou que a discussão orçamental se está a tornar “cada vez menos credível”, tendo em conta que se debatem “autorizações de despesa” que depois o “Governo vai meter na gaveta”.
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