Qual é a linha mais eficiente do metro de Lisboa?
O Metropolitano de Lisboa transportou 161,4 milhões de passageiros em 2017, divididos pelas quatro linhas que se estendem pelos vários cantos da cidade.
O metro de Lisboa é um dos transportes mais utilizados pelos habitantes da capital. Chega a vários pontos da cidade, dividido por quatro linhas que circulam debaixo dos pés dos lisboetas, ao longo de 44,5 quilómetros de rede e 56 estações. Mas sabe qual é a linha que mais rentável?
A rede nem sempre foi tão extensa. O Metropolitano de Lisboa foi crescendo ao ritmo das necessidades da capital. Em 2017, graças ao elevado número de turistas transportou 161,4 milhões de passageiros, um crescimento face aos 153,1 milhões transportados em 2016 e 142,7 no ano anterior, revela o Relatório de Contas da empresa.
O metropolitano tem 56 estações no total, seis das quais duplas. Mas em breve haverá mais. A empresa tem prevista uma extensão, que deverá ficar concluída até 2022, para chegar à Estrela e a Santos. Nos planos estão desenhadas mais duas estações, nas Amoreiras e Campo de Ourique, mas ainda não têm definida uma data de conclusão. Uma linha circular, através do prolongamento entre a estação do Rato e o Cais do Sodré, é outra das possibilidades em estudo.
A linha Azul é a que tem mais paragens, 18, e também a mais comprida, com 13,8 quilómetros de extensão. Seguem-se as linhas Amarela e Verde, cada uma com 13 estações. Já a linha Vermelha é a que tem menos estações (12). A mais curta é a linha Verde, com nove quilómetros de rede.
O metropolitano sublinha que em 2017 aumentou a oferta através de uma maior número de carruagens por quilómetro, mas também de lugares por quilometro, dois indicadores que a empresa usa para aferir a eficiência das linhas. Mas apesar de estes dois indicadores terem aumentado, o número de comboios em circulação até diminuiu (-2%), porque desde julho do ano passado a estação de Arroios foi encerrada — em resultado na linha verde passaram a poder circular comboios com seis carruagens –, mas também dada a indisponibilidade de material circulante que levou a empresa a funcionar com um plano de contingência, explica o relatório e contas.
A linha azul é a que apresenta o melhor desempenho em termos do número de carruagens e lugares por Km e a linha verde o pior.
Vermelha, azul, verde ou amarela. Qual é a mais eficiente?
Em termos de eficiência em termos de exploração é a linha amarela que lidera na quantidade de passageiros que transporta em função da sua extensão (11,1 quilómetros). Apresentou o ano passado uma taxa de realização de lugares por quilómetro de 102,85%. Mas este desempenho nem foi assim, já que, em 2015 e 2016, a linha Azul foi a mais eficiente a este nível. As outras linhas registaram uma taxa de eficiência abaixo dos 100%, em 2017. A mais baixa foi a linha vermelha, com 88,09%.
Mas, por outro lado, do ponto de vista financeiro, a linha azul é aquela que apresenta um volume de negócios mais elevado — 1,02 milhões de euros, um aumento de 15,8% em relação ao ano anterior. A seguir surge a linha amarela com um volume de negócios de 934 mil euros, mas que representa uma quebra de 1,9% face a 2016.
Os bons resultados em termos de venda de bilhetes (102,1 milhões de euros sem IVA) tem ajudado à recuperação financeira da empresa, mas ainda assim, o elevado nível de endividamento e os custos associados fazem com que a empresa tenha apresentado prejuízos de 24,5 milhões de euros em 2017.
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