Descida do preço dos passes sociais na Área Metropolitana do Porto custa 30 milhões
A Área Metropolitana do Porto (AMP) estima que a redução do preço dos transportes públicos terá um custo de 30 milhões de euros no Orçamento de Estado. Estudo da AMP deverá ser apresentado em breve.
30 milhões de euros. É este o custo que terá que ser suportado pelo Orçamento de Estado com a redução de custos dos passes sociais na Área Metropolitana do Porto (AMP), sabe o ECO. A conclusão faz parte de um estudo de viabilidade económica elaborado pela própria AMP que prevê um custo máximo dos passes de 30 euros por mês dentro da cidade e de 40 euros na zona metropolitana.
Fontes próximas à AMP adiantam ao ECO que “o estudo será apresentado em breve”. As mesmas fontes referem ainda que é preciso algum cuidado na leitura destes valores, uma vez que apenas foi tido em conta o número atual de utilizadores e não o incremento que pode resultar desta medida.
Este valor de 30 milhões de euros é praticamente metade do estimado para Lisboa, com os números a apontarem para um custo total de 65 milhões de euros.
De resto, o Governo, através de Matos Fernandes, ministro do Ambiente, estima um impacto de 100 milhões de euros no OE. O ministro adiantou ainda que caso a medida avance será alargado a todo o país, não ficando circunscrita às AML e do AMP. O ministro respondia assim às criticas do autarca de Braga, Ricardo Rio que considerou que a medida, a avançar, teria que ser extensível a todo o país.
O tema saltou para a ribalta, depois de Fernando Medina ter anunciado em entrevista ao Expresso, que tinha apresentado uma proposta ao Governo para redução dos passes sociais, não devendo estes ultrapassar os 40 euros.
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da AMP, questionado pelo ECO, diz não quer para já pronunciar-se sobre o tema, mas em declarações recentes à TSF garantiu que a proposta de Medina surgiu numa cimeira entre os autarcas, tendo a AMP assumido o compromisso de realizar o estudo económico para perceber se a proposta é viável, quer do ponto de vista do OE, quer do ponto de vista dos operadores privados.
Ainda no que se refere a Lisboa, Medina garantiu que a proposta já tinha sido entregue a António Costa e a Mário Centeno. “A proposta é verdadeiramente transformadora do sistema de mobilidade em Lisboa” e responde ” a um problema central do país”.
Igual entendimento parece ter o autarca do Porto. Rui Moreira defendeu, um dia depois de ser conhecida a proposta de Medina, que a intervenção do Estado é urgente para tornar a rede de transportes públicos do país mais competitiva.
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