“A democracia é o regime das surpresas”, diz Marcelo sobre a remodelação
O Presidente da República defende que as remodelações se fazem em segredo e desvalorizou a realização da mesma.
O Presidente da República recusou comentar a remodelação do Executivo, mas desvalorizou a sua importância dado que “a remodelação deve ocorrer como o respirar natural da democracia”. De visita a uma fábrica reconstruída depois dos incêndios de outubro do ano passado, em Oliveira de Frades, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “a democracia é o regime das surpresas”.
Em declarações transmitidas pela RTP3, Marcelo desvalorizou o facto de a remodelação ter sido feita em segredo. “Não sei o que não seja uma remodelação não secreta”, disse. “Imagine alguém anunciar que vai fazer uma remodelação daqui a X dias. Acabaria por não fazer remodelação nenhuma”, precisou recordando que o mesmo se passava com as decisões de valorização ou desvalorização de moeda.
“As remodelações têm esse encanto, fazem-se por natureza de modo discreto e são tanto mais eficazes quanto mais discretas se fizerem”, precisou o Chefe de Estado. “Ninguém é eterno, nem os Presidentes, nem os chefes de Governo“, acrescentou Marcelo.
O primeiro-ministro anunciou um remodelação governamental no sábado de quatro ministros, à boleia do pedido de demissão do ministro da Defesa na sexta-feira. Marcelo recusa comentar as novas entradas no Executivo, mas sublinha que “em cada momento, quem parte vê reconhecido o seu contributo e quem chega, chega com nova dinâmica e criatividade para dar o seu contributo”.
Ainda assim, Marcelo reconheceu que “acompanha com maior atenção o que se se passa” na pasta da Defesa, quando questionado sobre a escolha de João Gomes Cravinho para ministro da Defesa.
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