“Organizações ficam mais sérias e velhas quando deixam de inovar”

A Lego Serious Play é uma ferramenta que facilita a comunicação, o pensamento e a resolução de problemas e, por isso, é já utilizada por várias organizações em todo o mundo.

Quem disse que os líderes, diretores ou gestores não podem brincar com Lego? “Nós não deixamos de brincar quando ficamos velhos, nós ficamos velhos quando deixamos de brincar. É também o que acontece nas organizações, elas ficam mais sérias e mais velhas quando deixam de inovar”, explica Bruno Horta Soares, leading executive advisor da IDC Portugal.

A intervenção de Horta Soares no IDC Directions 2018, no Centro de Congressos do Estoril, trouxe ao palco um conjunto de peças de lego e quatro convidados de empresas diferentes, que aceitaram o desafio. Qual é o desafio? Construir modelos e representações, através destas pequenas peças utilizadas por muitos na infância.

A Lego Serious Play é uma ferramenta que facilita a comunicação, o pensamento e a resolução de problemas e, por isso, é utilizada por várias organizações, “que quando têm perante si a necessidade de discutir sistemas complexos e estratégias, recorrem a este tipo de metodologia”.

"Achamos, muitas vezes, que o oposto de trabalhar é brincar e jogar, mas está errado”

Bruno Horta Soares

Leading executive advisor da IDC Portugal

Achamos, muitas vezes, que o oposto de trabalhar é brincar e jogar, mas está errado. O oposto de play é estar deprimido, estar insatisfeito”, afirma.

Pedro Faustino, da Axians, Bruno Horta Soares, da IDC, e Pedro Quintas, da CollabHenrique Casinhas / ECO

Esta metodologia assenta em quatro passos: o primeiro é a pergunta, o segundo é a construção, o terceiro passa pela explicação e, por último, vem a reflexão. Contudo, o mais importante neste processo é construir algo. “Não tenham reuniões com vocês próprios. Basta construir”, aconselhou aos convidados.

Assim sendo, o primeiro desafio lançado aos quatro convidados é apenas que construam uma torre. Seguidamente, o desafio já não é tão simples, trata-se de construir um modelo do que gostam mais nas suas organizações, depois um boneco que represente as fraquezas das suas empresas e, também, as forças positivas, e por aí fora. Depois de construído cada modelo, um a um, os quatro explicam porque construíram as modelos daquela forma e o que significam.

O objetivo é que consigam explicar, comunicar com os outros e, no final do exercício, refletir sobre tudo o que foi discutido.

Daniela Monteiro, da Porto Digital, Miguel Fontes, da Startup Portugal, Bruno Horta Soares, da IDC, e Pedro Faustino, da AxiansHenrique Casinhas / ECO

Entre as peças de lego, a brincar se foram dizendo coisas mais sérias. Para Miguel Fontes, uma das maiores dificuldades de fazer com que a transformação digital avance como gostaria está relacionada com a diversidade. “As pessoas não andam todas ao mesmo ritmo, nem têm todas o mesmo nível de adaptação”, diz.

Para resultar é preciso que haja “transparência e clareza”, além de “uma visão 360 graus que tenha em conta a cultura da diversidade”, acrescenta. Já Pedro Faustino prefere destacar o fator velocidade como algo “determinante” para o sucesso deste processo.

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