Americanos comem mais porco… por causa da guerra comercial

Os consumidores norte-americanos afastam-se do frango e aproveitam os preços mais baixos na carne de porco. Esta descida é provocada pela quebra nas exportações para a China e para o México.

Os norte-americanos já estão a sentir os efeitos das tensões comerciais com outros países, nomeadamente na dieta. Entretanto, as conversações entre a China e os Estados Unidos para tentar resolver a guerra comercial já terão recomeçado, em antecipação do encontro de Trump e Xi Jinping no G20.

As exportações de carne de porco para a China e o México diminuíram, na sequência das tarifas sobre estes bens. Os preços do bacon e das costelas, por sua vez, desceram nos EUA, escreve a Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês), o que impulsionou o seu consumo.

Os restaurantes procuram aproveitar-se desta situação, e por isso têm promovido hambúrgueres em vez de frango, e as lojas e supermercados também se estarão a adaptar a oferta. A dieta dos norte-americanos acaba assim por ser influenciada pelas tarifas derivadas das tensões comerciais.

Perante esta mudança, o setor das empresas que se focam no comércio de frango deverá perder dinheiro ou ficar “inalterado” no quarto trimestre deste ano, aponta um economista à Reuters. O Departamento da Agricultura dos EUA prevê que o consumo de frango per capita cresça apenas 1,2% no próximo ano, contra subidas de 4,2% e 2,6% para carne de porco e vaca, respetivamente.

Conversações recomeçam antes de encontro

Está previsto um encontro informal entre Trump e Xi Jinping na cimeira do G20, que se vai realizar no fim deste mês em Buenos Aires, na Argentina. O secretário do tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro-ministro chinês Liu He tiveram uma conversa telefónica na passada sexta-feira, para tentar definir algumas propostas e tópicos antes do encontro entre os dois líderes.

Desta chamada entre os dois não resultaram grandes avanços. Liu He deverá mesmo ir até aos EUA antes da cimeira, para discutir pessoalmente os pontos do possível acordo entre os países, reportam meios de comunicação chineses. O vice-primeiro-ministro é um dos oficiais mais seniores da China.

A administração de Trump já colocou tarifas sobre produtos chineses no valor de 250 mil milhões de dólares, e ameaçou impor tarifas sobre os restantes bens caso as negociações falhem.

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