ERC chumba demissão dos adjuntos de Paulo Dentinho

  • ECO
  • 22 Novembro 2018

A ERC não aceitou a decisão da estação pública de televisão por falta de fundamentação. O parecer sobre a nova direção de informação fica assim congelado.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não aceitou a decisão da RTP de exonerar os adjuntos de Paulo Dentinho, Vítor Loureiro e João Fernando Ramos, por falta de fundamentação, avança o Observador.

Para a ERC, “o operador público não fundamentou adequadamente os pedidos de exoneração”, explica em comunicado. A RTP indicou que será a diretora de informação da estação, ao invés da administração, a justificar mais claramente o que levou ao despedimento dos dois adjuntos, já que Maria Flor Pedroso foi convidada a “formar a sua equipa em total liberdade”.

A estação pública considera que a diretora de informação é “quem está em melhores condições para explicitar a fundamentação da constituição da equipa de informação”, e já submeteu à ERC o pedido de aprovação da equipa, acompanhado da fundamentação da diretora. Revelam também que esteve marcada uma audição a Maria Flor Pedroso com esse objetivo, mas que foi “posteriormente suspensa por iniciativa da ERC”.

No seguimento do chumbo da ERC, Vítor Loureiro e João Fernando Ramos devem manter-se em funções. No entanto, Vítor Gonçalves colocou nesta manhã o seu lugar à disposição, no sentido de assegurar “o princípio da liberdade da nova Diretora de Informação de constituir a sua equipa”, aponta a RTP em comunicado.

A ERC tinha já aprovado a destituição de Paulo Dentinho e a consequente nomeação de Maria Flor Pedroso para diretora de informação da estação pública RTP. Entretanto, a nova diretora escolheu as jornalistas Helena Garrido e Cândida Pinto para a equipa, bem como António José Teixeira e Hugo Gilberto. A entrada em funções destes profissionais é agora incerta, tendo em conta que o parecer da entidade reguladora sobre a decisão não pode acontecer “uma vez que os cargos não se encontram efetivamente vagos”, explicam em comunicado.

Paulo Dentinho pôs o seu lugar à disposição depois de ter publicado dois textos sobre violações na sua página pessoal na rede social Facebook, interpretados como uma alusão às acusações de Kathryn Mayorga contra o futebolista Cristiano Ronaldo. A saída de Dentinho, que estava no cargo desde 2015, foi aceite pelo órgão liderado por Gonçalo Reis.

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