Galp arrasta Lisboa para o vermelho com petróleo em mínimos de um ano

As quedas no petróleo para mínimos de um ano pressionaram a portuguesa Galp, que pesou no desempenho da bolsa nacional. Lisboa terminou a semana em terreno vermelho.

A bolsa nacional fecha a última sessão da semana em terreno vermelho, contagiada pelas quedas no preço do petróleo, que está tocar mínimos de um ano. Os títulos da petrolífera portuguesa Galp caíram cerca de 2%, arrastando a praça lisboeta.

O PSI-20, índice de referência nacional, encerrou a sessão a cair 0,38% para os 4.800,59 pontos. Das 18 cotadas, oito terminam em queda, uma inalterada, a Sonae Capital, e nove a subir. A pesar no comportamento da bolsa encontra-se a Galp Energia, e o setor papeleiro.

A produção e oferta de petróleo mundial, especialmente por parte de produtores norte-americanos e sauditas, está a crescer mais depressa que a procura, o que cria um excedente no mercado e faz cair os preços. A petrolífera nacional foi contagiada pelas quedas na matéria-prima, e recuou 2,01% para os 14,40 euros. À hora do fecho da bolsa, o Brent, em Londres, recuava 5,96% para os 58,87 dólares.

O setor do papel também se destacou nas quedas, com a Navigator e a Altri a registar perdas superiores a 3%. A papeleira liderada por Diogo da Silveira caiu 3,39% para os 3,64 euros, enquanto a Altri recuou 3,08% para os 6,60 euros. Em terreno vermelho também ficou a Pharol, que recebeu luz verde dos acionistas para avançar com um aumento de capital até 80 milhões de euros. A empresa liderada por Luís Palha da Silva deslizou 1,24% para os 0,17 euros.

Já a liderar os ganhos encontra-se a F. Ramada, que valorizou 2,31% para os 8,85 euros nesta sessão. A empresa anunciou que a distribuição do dividendo extra, em antecipação do resultado alcançado em 2018, vai acontecer a 14 de dezembro. Os acionistas vão receber 1,15 euros por cada título detido.

A valorizar nesta sessão ficou também a Jerónimo Martins. A retalhista subiu 1,33% para os 10,64 euros, com fatores a seu favor como a melhoria das vendas a retalho alimentar na Polónia, cujo mercado polaco representa cerca de 86% do valor da Jerónimo Martins. Para além disso, do terceiro para o quarto trimestre haverá uma diminuição dos domingos em que os supermercados estarão encerrados de 8 para 5, o que “deverá ser um fator positivo para as vendas trimestrais”, dá conta o Caixabank BPI no Diário de Bolsa desta sexta-feira.

No Velho Continente, apesar das pressões do petróleo e a incerteza em torno da política italiana e pelas negociações do Brexit, a generalidade das praças europeias conseguiu terminar a sessão com ganhos ligeiros, ou quedas pouco expressivas. O índice que agrega as principais cotadas europeias, o Stoxx 600, somou 0,4% nesta sessão.

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