Pharol tem luz verde para aumentar capital até 80 milhões de euros
Os acionistas da Pharol deliberaram alterar o valor do aumento de capital para os 80 milhões de euros. Empresa liderada por Luís Palha da Silva quer manter posição na brasileira Oi.
A administração da Pharol já tem autorização dos acionistas para avançar com um aumento de capital até 80 milhões de euros, apurou o ECO junto de fonte próxima da empresa. A deliberação foi tomada esta sexta-feira numa assembleia-geral de extraordinária.
A Pharol já tinha deliberado aumentar o capital em 55 milhões de euros. No entanto, a administração entendeu pedir aos acionistas para aumentar o teto máximo da operação para 80 milhões de euros, justificando com a “imprevisibilidade associada à realização do aumento do capital social da Oi”. O objetivo da operação é a Pharol ter uma maior margem de manobra para participar no aumento de capital da brasileira Oi por injeção de dinheiro fresco, evitando uma diluição ainda maior da sua posição na operadora brasileira, na sequência do plano de recuperação judicial que decorre no Brasil.
“Tendo em conta a volatilidade das ações Oi, bem como a variabilidade das circunstâncias que poderão originar a necessidade de aumentar o capital da Pharol, considera-se mais apropriado fixar os parâmetros para um eventual aumento do capital social da sociedade”, assumiu a Pharol no início deste mês, quando revelou o pedido para aumentar o teto máximo da operação. Outro dos motivos que explicam a decisão é a “incerteza quanto à efetiva vantagem em acorrer ao mesmo”.
A Pharol já foi a principal acionista da Oi. No entanto, a empresa brasileira converteu parte da dívida em ações, diluindo a posição da cotada portuguesa, que caiu de 27,18% para menos de 8%. A Pharol, que nasceu do que restou da antiga holding da Portugal Telecom, tenciona agora manter a posição neste nível, numa altura em que a Oi se prepara para a segunda fase do plano de recuperação: a injeção de dinheiro fresco.
Em simultâneo, decorre um megaprocesso da Pharol contra a Oi na Justiça portuguesa, na qual a empresa portuguesa pede à operadora uma indemnização de dois mil milhões de euros, “em dinheiro”. A Pharol acusa a Oi de ter lesado “gravemente os direitos e interesses da Pharol e dos seus milhares de acionistas” aquando da venda da PT Portugal à Altice em 2015, um ativo que era da Oi desde a fusão falhada entre a PT e a Oi.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h49 com mais informações)
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