Dona do BPI quer fechar mais de 800 balcões até 2021 em Espanha. Portugal não terá redução idêntica

Prosseguindo com o processo de redução de lojas, a CaixaBank fala no encerramento de "mais de 800 balcões" em Espanha. Portugal não vai assistir a um corte com a mesma dimensão.

Reduzir a rede de balcões, que é a maior de Espanha, é um dos principais objetivos da CaixaBank, que apresentou esta manhã aos investidores o seu plano estratégico para os próximos três anos. A dona do BPI quer passar de 4.461 balcões para os 3.640, o que representa uma redução de 821 balcões em Espanha, avança o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol). Portugal não terá redução na mesma proporção.

Prosseguindo com o processo de redução de balcões, a instituição liderada por Gonzalo Gortázar fala no encerramento de “mais de 800 balcões”, com especial incidência nas zonas urbanas espanholas. Já nos centros rurais espanhóis, os balcões deverão ser mantidos.

Quanto a Portugal, Gonzalo Gortázar, CEO da CaixaBank, afirma que o país não virá a sofrer “um corte semelhante ao de Espanha”, de 18% das agências, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Contudo, em nenhuma altura diz, em concreto, se haverá, também, uma redução nos balcões de Portugal.

A medida insere-se no plano de desenvolvimento digital do banco espanhol, que tenta expandir o seu negócio digital, mas tendo em conta o cliente multicanal (aquele que interage com o banco de formas diferentes, consoante o tipo de operação). É que, de acordo com a CaixaBank, 62% dos seus clientes combinam o uso habitual do balcão com os canais digitais, sendo que apenas 38% são clientes exclusivamente digitais.

Por outro lado, a empresa pretende aumentar, até 2021, para 2,6 milhões o número de clientes que utiliza o serviço in Touch, com uma interação digital e um gestor à distância com horário alargado. Atualmente, quando se fala neste tipo de cliente, fala-se de um universo de 600.000 consumidores, caracterizados pela pouca regularidade e disponibilidade de tempo com que visitam um balcão.

O plano estratégico da CaixaBank, à semelhança da estratégia do BPI — divulgada também esta terça-feira —, tem em consideração um aumento do crédito ao consumo. Por outro lado, o banco espanhol compromete-se a alcançar uma rentabilidade sobre os próprios recursos superior a 12%.

Já no que toca à estrutura dos colaboradores, é possível uma nova redução. Atualmente trabalham 32.600 pessoas na dona do BPI, menos 8.600 do que em 2011. Durante esse período, foi registado um total de 14.000 saídas, “sempre com acordos com a representação laboral”, salienta a CaixaBank. Considerando esse mesmo período, foram feitas 6.000 contratações.

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