Portugueses que criam o próprio emprego pouco satisfeitos com a opção

  • Guilherme Monteiro
  • 17 Dezembro 2018

Eurostat revela que apenas 29% dos portugueses que criaram o seu próprio emprego estão satisfeitos com a sua situação profissional. Média da União Europeia é de 48%.

A União Europeia tinha em 2017 cerca de 228 milhões de cidadãos no ativo, dos quais 33 milhões são europeus que decidiram criar o seu próprio negócio. Destes, 48% revelam estar “muito satisfeitos” pela sua condição profissional, mostram os dados do Eurostat. Entre os portugueses não há, contudo, assim tanto otimismo.

No topo da tabela, aparece a Suécia. 83% dos empresários suecos revelam-se satisfeitos pela sua condição profissional. Malta e Dinamarca ocupam a segunda e terceira posições 82% e 81% respetivamente. A média da UE aponta para que 48% se sintam realizados com a opção tomada.

Portugal aparece na cauda da Europa, em antepenúltimo lugar deste ranking do Eurostat. Apenas 29% dos empresários portugueses se sentem satisfeitos com o seu emprego atual. Mais insatisfeitos estão apenas os empreendedores cipriotas e romenos, com 26% e 19% respetivamente.

Fonte: Eurostat

 

Este reduzido grau de satisfação não tem uma explicação imediata nos dados do Eurostat. Mas poderá ser justificado com um outro estudo que dá conta de que 26% dos portugueses que criaram o seu próprio emprego revelam que o negócio corre “sem dificuldades”. Ou seja, para muitos outros não vai assim tão bem.

Porque criaram o próprio negócio?

15% dos portugueses criaram o seu próprio emprego porque não conseguiram encontrar trabalho. Outras das razões apontadas para justificar a decisão de criar o seu emprego prendem-se com a identificação de uma oportunidade de negócio, seguindo-se depois a continuidade de um negócio familiar (17%).

Já a possibilidade de fazer horário flexível, que muitas vezes são decididos pelo próprio, tem um peso pouco relevante na decisão: apenas 3% apontou este como o motivo para a criação do seu trabalho. Aliás, neste ponto, Portugal é o segundo país com a percentagem mais baixa. Apenas os gregos dão ainda menos importância ao horário flexível (1%).

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