Administração do Hospital de São João demite-se
O pedido de renúncia foi entregue esta quarta-feira ao Ministério da Saúde, de acordo com a notícia avançada pela RTP.
A administração do Hospital de São João, no Porto, entregou esta quarta-feira um pedido de renúncia imediata ao Ministério da Saúde, em desagrado com as cativações do Ministério das Finanças. A notícia foi avançada pela RTP. O pedido de saída foi confirmado em comunicado, mas a administração desmente o desagrado mencionado pela estação pública.
“O mandato do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João terminou a 31 de dezembro de 2018. Em consequência o CA [conselho de administração] apresentou a renúncia de modo a facilitar a sua substituição da forma mais rápida possível”, lê-se num comunicado, citado pelo Diário de Notícias. Estes, segundo a nota, foram “os únicos fundamentos que estiveram na base do pedido de renúncia”.
Contudo, de acordo com a estação pública, a administração estará desagradada com a permanente falta de recursos financeiros, humanos e técnicos, bem como a degradação das condições de trabalho. O descontentamento terá sido agravado pela forma como o Ministério da Saúdem tem lidado com as greves que prejudicam os hospitais e o Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Além disso, desde a demissão em outubro do presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, José Carlos Caiado, a instituição está sem presidente, garante a RTP. Caiado deveria ter sido substituído a 30 de novembro, o que não aconteceu. Sem presidente e vice-presidente está também a Administração Regional de Saúde do Norte, desde que Marta Temido, ministra da Saúde, foi nomeada para o cargo.
O Ministério da Saúde já tomou conhecimento do pedido de demissão. “O Ministério da Saúde teve conhecimento do pedido de renúncia do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, na sequência do término do mandato a 31 de dezembro. É um mecanismo que está previsto na Lei”, revela o comunicado do ministério de Marta Temido, citado pela Lusa.
No documento, o Ministério diz que tem dialogado com o Conselho de Administração no âmbito da resolução do processo da ala de pediátrica, “reconhecendo o empenho do presidente em criar condições para a transferência dos doentes pediátricos para as instalações do hospital”.
(Notícia atualizada às 20h59 com comunicado do Ministério)
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