CX-3, o cicerone da Mazda, agora (também) anda a gasolina
Os SUV estão a ganhar cada vez mais expressão nas vendas de automóveis. E a gasolina também. A Mazda responde com um CX-3 a... gasolina.
Não é novidade, mas o ano que passou trouxe a confirmação de que os portugueses gostam de conduzir numa posição um pouco mais elevada. Os SUV são um sucesso por cá, respondendo a mais de um quarto das vendas no mercado nacional. Na Mazda, representam mais de metade, com o CX-3 a ser o cicerone. É o motor da marca, puxado a gasóleo. Mas com o mercado a mudar, vai passar a andar também a gasolina. O SUV compacto e todos os outros modelos.
As vendas de automóveis a gasóleo caíram no ano passado, o que há muito tempo não acontecia — representaram 51% das vendas, contra 41% de motores a gasolina. “As pessoas estão a fugir do diesel porque acreditam que são perigosos, são poluentes, e que vão ser proibidos nas cidades“, explica Luís Morais, diretor-geral da Mazda Portugal. “O mundo está a mudar a agulha para a gasolina, em resultado do dieselgate“, o escândalo de emissões da Volkswagen.
A Mazda está ciente da mudança. E, por isso, vai passar a ter motores a gasolina em todos os modelos em comercialização. Desde o mais pequeno, o 2, ao mais recente, o 3, que chega em breve, mas também no 6, o familiar da marca que agora recebe uma atualização, sendo que o MX-5 (que ganha mais tecnologia) sempre teve apenas esta opção (um 1.5 e um 2.0 litros). E, claro, nos SUV. O CX-5 ganha um motor 2.0 de 165 cv, mas mais importante é o CX-3 passar a contar com esta opção.
O SUV compacto, a estrela da marca japonesa, além de uma renovação estética ligeira, em que se destacam a grelha frontal, frisos laterais, faróis de nevoeiro, óticas traseiras, mas também alterações no interior e ao nível de equipamentos de segurança, ganha um 2.0 a gasolina, com a tecnologia Skyactiv-G de 121 cv. Um bloco grande, num modelo de reduzidas dimensões, que dá vida ao CX-3 em estradas. É suave quanto baste, respondendo bem ao carregar no pedal direito, embora com custo nos consumos.
Apesar de ser um 2.0, no ensaio realizado pelo ECO, em circuito urbano e extra-urbano, o CX-3 apresentou consumos médios na ordem dos 7,5 litros, o que face à opção a diesel apresentada pela marca para este modelo acaba por não ser um custo muito superior. Em vez do 1.5 litros a gasóleo, a Mazda conta agora com um 1.8 diesel de 115 cv que fez uma média em torno dos 7 litros, embora neste caso num percurso com mais autoestrada.
A gasolina passa a ser opção no CX-3, mas os preços não deverão convencer muitos clientes da marca. A gasolina os preços começam nos 29.358 euros (chegando a 30.163 euros), acima dos 27.032 euros a que a fabricante apresenta ao mercado o novo 1.8 diesel que apesar de ter mais cilindrada vai contar praticamente com o mesmo preço do 1.5. O truque está em algum do equipamento que estava na versão Excellence, a mais vendida, que desaparece neste facelift.
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