Bankinter Portugal quer duplicar de tamanho até 2021
Banco espanhol está a crescer a dois dígitos em Portugal. María Dolores Dancausa está "orgulhosa" com desempenho, mas pretende que negócio cresça para o dobro do tamanho em três anos.
“Queremos que o negócio em Portugal seja número um. Tem potencial para isso”, disse esta quinta-feira María Dolores Dancausa, presidente do Bankinter, aos jornalistas portugueses, isto depois de ter revelado lucros recorde acima dos 500 milhões de euros em 2018 e onde a operação portuguesa ganhou “protagonismo”. Apesar dos bons resultados, a líder espanhola quer mais nos próximos anos: o Bankinter Portugal terá de duplicar de tamanho até 2021.
Este é o principal objetivo da sucursal do banco espanhol em Portugal liderada por Alberto Ramos. Em concreto, o Bankinter Portugal procura aumentar o seu balanço tanto em termos de crédito concedido (dos 5,4 mil milhões para os 10 mil milhões) como em termos de recursos de clientes, que atualmente ascende a 4,2 mil milhões de euros. Isto posicionaria-o previsivelmente com uma quota de mercado de 4%, acima dos 2,5% atuais.
O negócio português conta para cerca de 8% dos resultados de todo o grupo, que fechou o ano passado com um resultado líquido de 526 milhões de euros. Só o Bankinter Portugal apurou um lucro antes de impostos de 60 milhões de euros, traduzindo um crescimento de mais de 90% que deixou a Dolores Dancausa “orgulhosa” com o desempenho. “São um exemplo em termos de crescimento”, disse a responsável.
Ao seu lado, Alberto Ramos explicou qual a estratégia que está a ser seguida pela atividade que lidera, uma política que vai ser seguida nos próximos anos e que passa sobretudo por duas grandes apostas: crédito as empresas e crédito ao consumo.
No que toca ao segmento empresarial, Alberto Ramos adiantou que a instituição vai abrir quatro novos centros de empresa durante este ano: dois centros na Grande Lisboa, um no Porto e outro em Braga. Isto depois de ter aberto dois centros no ano passado e de o crédito concedido às empresas ter acelerado mais de 40%, com o banco a falar num aumento significativo da visibilidade da sua marca junto dos empresários.
Em relação ao crédito ao consumo, a aposta foi reforçada com o lançamento do bankintercard que espera que vá impulsionar o negócio da unidade do Bankinter Consumer Finance, à boleia do andamento da economia.
Alberto Ramos revelou ainda que vai contratar mais 30 pessoas este ano (igual ao ano passado), mantendo-se a rede de 81 agências. “A nossa cobertura é suficiente”, disse.
Spread abaixo de 1%?
Há um ano, Alberto Ramos disse que o banco não deveria baixar a taxa de spread para a compra de casa, o qual já era o mais baixo do mercado. Mas em setembro lá veio a revisão: baixou dos 1,15% para 1%. Haverá nova descida este ano?
O responsável foi novamente perentório: “Não estamos a pensar que isso faça sentido”. Explicou de seguida que o banco já apresenta uma “proposta extremamente competitiva”. “Temos o melhor produto, que não é só o spread, mas também é o serviço que prestamos. E a dimensão de serviço é muito importante”, destacou.
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