Portugal injetou 13,4 mil milhões de euros na banca em dez anos

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2019

Entre 2007 e 2017, o Estado português só não injetou dinheiro público em instituições financeiras em 2016. Maior injeção de capital foi feita em 2014, ano da intervenção estatal no antigo BES.

O Estado português injetou 13,4 mil milhões de euros em bancos entre 2007 e 2017, devido à crise económica, com o maior montante a ter sido concedido em 2014, num total de 4,9 mil milhões, divulgou Bruxelas esta quinta-feira. No que toca aos juros, totalizam mais de 3,7 mil milhões de euros entre 2007 e 2017.

Em causa estão dados do Eurostat, divulgados no âmbito de um relatório da Comissão Europeia sobre ajudas estatais dos Estados-membros, segundo o qual a maior injeção de capital português em instituições financeiras foi feita no ano de 2014, de 4,938 mil milhões, coincidindo com a intervenção estatal no antigo Banco Espírito Santos (BES).

O segundo maior montante foi registado em 2017, num total de 4,1 mil milhões de euros, ano no qual foi feita uma recapitalização à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Em 2015, as injeções de capital do Estado português em instituições financeiras rondaram 2,3 mil milhões de euros, valor que inclui a resolução do Banif – Banco Internacional do Funchal. Neste período, o Estado só não teve de injetar dinheiro em instituições financeiras no ano de 2016. Abaixo dos mil milhões de euros ficaram, ainda assim, os apoios concedidos em 2011 (600 mil euros), em 2012 (750 mil euros) e em 2013 (700 mil euros).

O Eurostat não aponta montantes para os anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. A estes valores acrescem outras transferências de capital, como a compra de ativos, num total de cerca de dois mil milhões de euros. Todas estas operações contribuíram para o défice português, segundo o Eurostat.

Em comunicado, Bruxelas assinala que, ao todo, os 28 Estados-membros da União Europeia apoiaram recapitalizações de bancos com um total de 475,9 mil milhões de euros entre 2008 e 2017. “A Comissão desempenhou um papel muito ativo durante a crise financeira e adaptou rapidamente o enquadramento legal dos auxílios estatais para permitir que os Estados-membros dessem uma resposta eficaz”, adianta a instituição.

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