Governo alemão corta previsões. Vê PIB crescer apenas 1%

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2019

O governo alemão prevê um crescimento de 1% para este ano, abaixo do anteriormente previsto. Brexit e guerra comercial entre Estados Unidos e China justificam possível abrandamento do PIB.

O Governo alemão reviu esta quarta-feira em baixa as previsões de crescimento económico da Alemanha em 2019 para 1%, contra 1,8% estimado no outono.

O ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, indicou que mesmo assim a economia alemã conseguirá criar cerca de 350.000 empregos e reduzir o desemprego para níveis abaixo dos 5%.

Depois do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha ter crescido 2,2% em 2017, em 2018 a economia evitou entrar em recessão técnica e, segundo dados oficiais publicados este mês, cresceu 1,5%, menos três décimas do que o previsto pelo executivo.

Segundo Berlim, este recuo do PIB resulta de um “clima internacional” desfavorável com um ‘Brexit’ incerto e o conflito comercial e a concorrência fiscal dos Estados Unidos.

Altmaier disse que a redução dos objetivos de crescimento económico se explica, sobretudo, pelo impacto da conjuntura internacional, e mencionou em concreto as consequências que pode ter um ‘Brexit’ duro referindo-se à saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

O ministro aludiu às “tensões” entre o Reino Unido e a UE, referindo que esta circunstância ensombra as perspetivas oficiais de Berlim em relação ao crescimento da economia este ano.

A economia alemã “também ruma este ano ao crescimento, pelo décimo ano consecutivo. Este é o período de crescimento mais prolongado desde 1966 e ao mesmo tempo um sinal da capacidade da nossa economia social de mercado“, adiantou Altmaier.

“Claro que cresce o vento contra, sobretudo procedente do âmbito económico exterior, especialmente pelo ‘Brexit’, pelos conflitos comerciais e pela conjuntura fiscal internacional“, adiantou ainda.

“O menor crescimento no ano passado em comparação com o ano anterior tem que nos estimular para melhorar o marco que permita o êxito e a competitividade” do país, defendeu ainda o ministro alemão.

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