Dow Jones vive melhor janeiro em três décadas
Índice terminou janeiro com um ganho de 7,2%, o que não se via há 30 anos. Resultados das empresas puxaram pelo Dow Jones.
A bolsa nova-iorquina encerrou a última sessão do mês sem rumo definido, depois da divulgação de resultados empresariais com mensagens contraditórias. Se a queda da Dow DuPont arrastou o Dow Jones para terreno negativo, não o impediu de ter o melhor janeiro em 30 anos.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,06%, para os 24.999,67 pontos.
Ao contrário, os outros índices mais emblemáticos fecharam em alta, com o tecnológico Nasdaq a valorizar 1,37%, para as 7.281,74 unidades, e o alargado S&P500 a progredir 0,86%, para as 2.704,10.
Os investidores começaram a sessão com uma presença muito tranquila nos mercados, depois de uma série de resultados empresariais, antes de a intensificarem de forma progressiva.
No conjunto dos grupos em foco, depois de anunciarem as suas contas trimestrais, o Facebook e a Mastercard distinguiram-se, com o primeiro a valorizar 10,82% e a segunda 11,65%. A ConocoPhillips ganhou 3,04%, a Mondelez 5,59% e a UPS 4,16%.
Ao contrário, com perdas fecharam Microsoft (-1,83%), Visa (-1,88%), PayPal (-3,96%), Qualcomm (-1,30%) e Tesla (-0,57%).
A acentuada desvalorização, superior a 9%, do grupo DowDuPont, depois de revelar previsões prudentes, pesou fortemente sobre o Dow Jones.
Apesar do recuo nesta sessão, o índice terminou janeiro com um ganho de 7,2%, o que não se via desde há 30 anos, graças nomeadamente a resultados trimestrais de empresas que foram bem recebidos pelos investidores.
Com efeito, estes resultados “não foram tão catastróficos como alguns receavam”, considerou Nate Thooft, da Manulife AM.
Este especialista mencionou, também, o tom acomodatício do presidente do banco central dos EUA, a Reserva Federal (Fed), para justificar o relativo bom desempenho bolsista de hoje. Na quarta-feira, os dirigentes da Fed afirmaram explicitamente que iriam ser “pacientes” em relação a futuras subidas das taxas de juro.
“Há cada vez mais observadores que já admitem que o próximo movimento da Fed em relação às taxas vai ser para as descer e não para as subir”, comentou Thooft.
Ao anunciar uma nítida alteração de tom em relação ao que predominou até dezembro, que previa “futuras subidas”, o presidente da Fed, Jerome Powell, suscitou comentários partilhados pelos observadores, com alguns a denunciarem uma “capitulação” face aos investidores e outros a relevarem a “prudência” perante a conjuntura de arrefecimento económico.
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