Montepio vota hoje abertura de capital a novos acionistas
O Montepio vai votar hoje uma alteração aos estatutos. O objetivo é abrir a porta a investidores privados, deixando de depender apenas da Associação Mutualista.
A Caixa Económica Montepio Geral decide hoje a sua transformação em sociedade anónima, abrindo, assim, a porta à entrada no seu capital de outros acionistas que não apenas a Associação Mutualista Montepio Geral.
A assembleia-geral do banco mutualista decorre pelas 15h00 na sede, em Lisboa, e tem a alteração dos estatutos como único ponto da ordem de trabalhos.
Atualmente, a Associação Mutualista Montepio Geral detém a totalidade do capital da Caixa Económica Montepio Geral e a abertura de estatutos chega num momento em que o banco mutualista poderá vir a ter de reforçar capital para fazer face às novas exigências dos reguladores bancários, nomeadamente do Banco de Portugal.
"É um tema que se poderá pôr pelo acionista [Associação Mutualista] quando for entendido como oportuno, mas sempre para acionistas que permitam assegurar o perfil que o Montepio tem de banco português virado para economia social.”
Sobre a alteração dos estatutos do banco mutualista já se fala há muito e, em março deste ano, o presidente da Caixa Económica admitiu à Lusa que esse tema poderia colocar-se, garantindo que eventuais novos acionistas deverão vir de entidades ligadas ao terceiro setor.
“É um tema que se poderá pôr pelo acionista [Associação Mutualista] quando for entendido como oportuno, mas sempre para acionistas que permitam assegurar o perfil que o Montepio tem de banco português virado para economia social“, afirmou Félix Morgado.
A assembleia-geral da Caixa Económica é constituída pelos membros do Conselho Geral do Montepio Geral, que por sua vez é composto pela mesa da assembleia, pelo conselho fiscal e pelo conselho de administração da Associação Mutualista.
A Caixa Económica Montepio Geral é a principal empresa do Grupo Montepio, tendo apresentado até setembro um prejuízo de 67,5 milhões de euros, um resultado que compara com perdas de 59,5 milhões de euros em igual período de 2015.
Na divulgação das contas feita a semana passada, o banco anunciou que já o resultado líquido do terceiro trimestre foi positivo, situando-se na ordem dos 144 mil euros, “invertendo a tendência recente de resultados trimestrais negativos”.
Caso a assembleia-geral de hoje não se realize por falta de quórum, a nova reunião magna fica marcada para 7 de dezembro.
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