Juros portugueses em queda na véspera do último leilão do ano
Descompressão nos mercados de dívida europeus, com Portugal a apresentar as maiores quedas nas taxas. E isto antes de o Tesouro português ir ao mercado pela última vez este ano.
Depois da tempestade, a bonança. O Commerzbank tinha alertado na semana passada para um período de turbulência no mercado de dívida nacional, à medida que Portugal se aproximava para o último leilão do ano. Os juros chegaram então a superar os 3,9%, em máximos de 10 meses. Mas esta semana os juros têm recuado de forma acentuada. Uma tendência de queda que é esta terça-feira reforçada, na véspera de Portugal ir ao mercado tentar levantar 750 milhões de euros em obrigações a cinco anos. Virá aí a bonança?
Os juros da dívida a dez anos, a referência no mercado, cedia perto de sete pontos base para os 3,642%. Também a taxa associada à dívida a cinco anos, a maturidade com que o Tesouro português leiloa entre 500 e 750 milhões de euros amanhã, seguia a cair quatro pontos base até 2,183%.
Juros de Portugal aliviam
“Suspeitamos que este mau desempenho dos títulos portugueses — especialmente depois do crescimento económico muito superior ao esperado no terceiro trimestre — tem sido conduzido pela perspetiva dos investidores em relação a esta emissão”, referiu o banco alemão numa nota publicada na semana passada. “Se esse for o caso, um alívio das taxas no curto prazo está afastado até ao leilão”, salientou, reiterando “a visão cautelosa no médio prazo”.
A descompressão era generalizada no mercado europeu esta manhã. Na Alemanha, a yield das bunds a 10 anos recuava para 0,244%. Também a taxa da dívida a dez anos espanhola cedia para 1,998%. E no mercado secundário italiano, apesar dos receios em torno das consequências que poderão advir do referendo constitucional de 4 de dezembro, tudo permanecia relativamente tranquilo. Os juros a 10 anos cediam para 1,974%.
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