Protecionismo e populismo são ameaças à economia global, dizem CEO portugueses
Os líderes das empresas portuguesas estão empenhados em acompanhar a evolução digital para desenvolver o negócio. Os custos cambiais mostram-se como um entrave ao desenvolvimento.
Os líderes portugueses estão em linha com instituições como o FMI e o BCE, ao verem o protecionismo como um dos principais riscos para a economia global. Para além deste fator, os CEO do país preocupam-se também com o populismo, e ainda com os ciberataques, o que motiva uma maior aposta na evolução tecnológica.
A inovação tem tomado cada vez mais um papel central nas empresas, de acordo com a informação revelada a segunda edição do estudo CEO Views da Deloitte, que contou com a participação de líderes das 250 maiores empresas em Portugal. Acompanhar os progressos na tecnologia mostra-se assim como um fator essencial para o desenvolvimento do negócio, encabeçando as estratégias de crescimento das organizações.
As empresas estão “mais preparadas para a transformação digital, contudo, à medida que a quarta revolução industrial se concretiza, com a rápida proliferação do uso de robôs e da automação de processos, do big data, da inteligência artificial, as empresas terão de acelerar o ritmo da mudança“, aponta António Lagartixo, partner e membro do Comité Executivo da Deloitte, citado em comunicado.
Os empresários encontram-se otimistas em relação ao futuro financeiro das organizações, apontando o financiamento com meios próprios como o caminho a seguir se necessário, enquanto o empréstimo bancário toma o segundo lugar nesta hipótese. Se tiverem de enfrentar desafios, os líderes estão à espera que estes decorram dos custos cambiais, no que é uma mudança em relação ao estudo anterior. Aí, a gestão das expectativas dos investidores apresentava-se como um maior obstáculo.
Olhando para o quadro nacional, uma retoma moderada da economia estará no futuro do país para os próximos três anos, perspetivam os CEO portugueses. A ameaçar a atividade económica identificam as políticas públicas, que não deverão, no entanto, ter um grande impacto no crescimento económico.
Já quando se olha para a Europa, se fossem os líderes portugueses a decidir, definir uma estratégia a longo prazo seria a primeira prioridade. Segue-se a implementação de uma política fiscal competitiva, e conseguir aprovar um orçamento europeu, para reduzir as diferenças entre os Estados-membros.
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