Assunção Cristas diz que esquerda também apoiou paralisações sem escrutínio
ASAE vai investigar origem dos fundos recolhidos pelos enfermeiros através de crowdfunding para as greves dos últimos tempos. Cristas quer que se verifique se a "lei é ou não cumprida".
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou este sábado que os partidos da esquerda também apoiaram no passado greves e manifestações sem qualquer preocupação de escrutínio, como acontece agora com os enfermeiros.
Cristas reagia ao anúncio de que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai investigar a origem dos fundos recolhidos pelos enfermeiros através de crowdfunding para as greves dos últimos tempos.
A lei “tem de ser estritamente cumprida, com certeza, e tem de ser verificado se a lei é ou não é cumprida”, defendeu a presidente do CDS-PP, acusando a esquerda de não ter tido a mesma postura no passado.
“Em relação a questões de financiamento, durante anos, assistimos a coisas noticiadas abundantemente de apoio das câmaras mais à esquerda a numerosas manifestações e greves, apoios vários, nomeadamente transportando os manifestantes e grevistas para os locais, e aí não creio que tenha havido tanta preocupação com escrutínios”, afirmou.
Para o CDS-PP, o mais importante de tudo é garantir que se passa a uma outra fase, a da paz social que, entende, “neste momento está a escassear no nosso país”.
"Em relação a questões de financiamento, durante anos, assistimos a coisas noticiadas abundantemente de apoio das câmaras mais à esquerda a numerosas manifestações e greves, apoios vários, nomeadamente transportando os manifestantes e grevistas para os locais, e aí não creio que tenha havido tanta preocupação com escrutínios.”
“Daí termos lançado o nosso apelo ao Presidente da República que certamente encontrará o melhor momento e a melhor forma de o fazer para ajudar a moderar um conflito que deixa mal os utentes, os doentes, quem precisa de recorrer ao hospital”, reiterou.
Assunção Cristas falava na Feira do Fumeiro, em Vinhais, no distrito de Bragança, o certame mais antigo do género no país, que há 39 anos promove os produtos de excelência desta zona, os enchidos, que são também dos mais caros a nível nacional e gozam de proteção comunitária. A presidente do CDS-PP estava acompanhada pelo deputado europeu Nuno Melo, candidato de novo ao Parlamento Europeu pelo partido.
Já em campanha, como admitiu, com esta visita quis sublinhar que o deputado é o “que mais defende os produtos portugueses em Bruxelas, com uma iniciativa anual, onde leva produtores de todo o país”.
Questionada ainda sobre o congresso do novo partido, a Aliança, em Évora, a Assunção Cristas disse que o CDS-PP só tem um adversário. “O Partido Socialista e as esquerdas unidas, aí é que está o nosso adversário político e são esses que nós queremos combater e construir uma verdadeira alternativa, também para valorizar a agricultura”, declarou.
A líder do CDS voltou a acusar o Governo de desprezar “o setor agrícola, o produto agroalimentar” e de “não pôr os fundos a correr e a financiar os projetos como acontecia noutro tempo”.
“Lamento muito, por exemplo que hoje vamos olhar para os fundos europeus, para ajudar ao investimento neste setor e verificamos que apenas estão executados em 30% na parte do apoio ao investimento. É muito pouco para um programa que já está no final”, considerou.
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