Rui Vilar: “CGD não é autoridade judiciária nem administrativa”

O chairman da CGD, Rui Vilar, disse que "não cabe" ao banco público julgar os atos de anteriores gestores, pois não é "autoridade judiciária nem administrativa".

O chairman da CGD garantiu esta segunda-feira que o banco público “fará tudo o que estiver ao seu alcance na defesa dos seus interesses institucionais e materiais”, mas lembrou que “não lhe cabe julgar” as ações dos ex-gestores. No entanto, na iniciativa Encontros Fora da Caixa, em Portalegre, Rui Vilar sublinhou que a CGD não é autoridade judiciária nem autoridade administrativa e sancionatória”.

Reconhecendo que a auditoria independente da EY aos atos de gestão entre 2000 e 2015 é um “tema que tem estado na primeira linha” da agenda política e mediática, o chairman do banco público ressalvou que a empresa “tem um plano estratégico para cumprir”, plano esse que foi acordado com Bruxelas “para que a recapitalização de 2017” não fosse considerada uma ajuda de Estado.

Nesse sentido, Rui Vilar garantiu que não só a Caixa está a cumprir esse plano como está “a ultrapassá-lo em muitas das metas”. “Este labor tem sido reconhecido nas melhorias do rating pela Moody’s e Fitch e pela cotização das obrigações subordinadas [da CGD] nos mercados secundários, que têm uma yield cada vez mais favorável”, disse o chairman da CGD.

A auditoria da EY, que foi entregue ao Parlamento depois de amplamente divulgada na comunicação social, pôs a descoberto a lista dos maiores créditos em incumprimento concedidos pelo banco público em 15 anos de atividade, tendo revelado que alguns gestores, na altura, atribuíram crédito sob parecer desfavorável do departamento de risco, sem justificação aparente.

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