Carros portugueses conquistam novos países. Alemanha (ainda) lidera exportações nacionais
Portugal produz cada vez mais carros à boleia do T-Roc. Alguns ficam nas estradas nacionais, mas a larga maioria é exportada. Alemanha é o principal destino, mas há novas geografias.
Portugal produz cada vez mais automóveis. Com o sucesso do T-Roc, saíram das fábricas nacionais quase 300 mil veículos no ano passado, um número bem superior ao dos veículos vendidos no mercado português. A grande maioria destes carros não fica nas estradas lusas, rumando a muitos países, nomeadamente europeus. A Alemanha continua a ser o destino primordial, mas França e Itália estão a aproximar-se. E há novos destinos.
Dos 294 mil veículos produzidos no ano passado em Portugal — um aumento de 68% face a 2017 –, 97%, ou seja, 285.673 automóveis acabaram por ter como destino a exportação. Tem sido uma constante, levando o setor automóvel, mais propriamente a Autoeuropa (onde é produzido o T-Roc), a ser um importante motor para a dinamização da economia nacional.
A maioria dos automóveis produzidos acaba por rumar para os parceiros europeus. A Alemanha é, sem surpresa, o destino primordial dos veículos que saem das fábricas nacionais, mas o peso deste mercado para os veículos portugueses encolheu no ano passado. Passou de 23,1% do total para 21,4%.
Maior trambolhão deu Espanha, que ficava com 15,4% dos carros nacionais, mas saiu do pódio das exportações de veículos portugueses ao encolher para 9,7% do total. O mesmo aconteceu com o Reino Unido, que deixou de ser o terceiro destino, sendo ultrapassado por França e Itália. A menor dependência do Reino Unido acaba por ser vista como positiva numa altura em que se aproxima o Brexit.
França e Itália aumentaram expressivamente o peso nas exportações de automóveis de Portugal. França representava 10%, mas subiu para os 15,4%, isto ao mesmo tempo que as exportações para Itália mais do que triplicaram, passando de apenas 3,7% em 2017 para 12,2% em 2018.
O ano passado ficou marcado também pelo surgimento de novas geografias nos destinos dos veículos produzidos no mercado nacional, ao mesmo tempo que desapareceram outros. Dinamarca, República Checa, Irlanda e Eslovénia foram as novidades nas exportações portuguesas, sendo que Dinamarca e República Checa contaram para 1,1%, cada, das exportações totais de veículos nacionais.
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