Abanca quer integrar operação da CGD em Espanha ainda este ano
O Abanca quer crescer em Portugal no negócio com empresas, aumentando a concessão de crédito e na banca privada.
O grupo bancário Abanca quer fazer a integração da operação do Deutsche Bank em Portugal em junho e até final do ano concretizar a integração da operação da CGD em Espanha, que comprou recentemente, disse o diretor-geral.
“[Com estas operações] em Portugal passamos de banco pequeno para banco médio, em Espanha continuamos a ser um banco médio”, afirmou o diretor-geral da operação do Abanca em Portugal, Pedro Pimenta, na 1.ª Conferência Ibérica sobre FinTech, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa.
No ano passado, o espanhol Abanca comprou a operação de retalho do Deutsche Bank em Portugal, sem ser conhecido o valor do negócio, tendo dito Pedro Pimenta que a integração das duas operações será feita em junho.
O Abanca quer crescer em Portugal no negócio com empresas, aumentando a concessão de crédito, e na banca ‘private’ (destinada a clientes com altos rendimentos), assim como no crédito ao consumo.
Antes da compra do Deutsche Bank, o Abanca tinha em Portugal 45 trabalhadores e apenas quatro agências (Braga, Lisboa, Porto e Viana do Castelo), a que somou cerca de 40 agências e 330 funcionários que pertenciam ao banco alemão.
Ainda com a compra do Deutsche Bank PCC Portugal, segundo números divulgados aquando da compra, o Abanca somou 50 mil clientes, uma carteira de crédito bruta de 2.400 milhões de euros, 1.000 milhões de euros em depósitos e 3.100 milhões euros fora do balanço, e um volume de negócios de 6.500 milhões de euros.
Mais recentemente, o Abanca comprou a operação em Espanha da Caixa Geral de Depósitos (o Banco Caixa Geral) por 364 milhões de euros, com 110 agências e cerca de 500 trabalhadores.
A integração do Banco Caixa Geral com o grupo Abanca acontecerá, segundo o diretor-geral, até final do ano.
O Abanca está presente em Espanha, com mais de 5.000 trabalhadores, e ainda em França, Suíça, Alemanha, Reino Unido, México, Panamá, Venezuela e Brasil, além de Portugal.
O Abanca resultou de uma intervenção na caixa Novaalicia (que já era resultado de uma fusão da Caixanova e da Caixa Galicia). Em 2011, para evitar a falência, o banco foi nacionalizado e o fundo de resolução bancário espanhol interveio com 10 mil milhões de euros.
O banco entrou posteriormente em processo de privatização e, em final de 2013, o banqueiro venezuelano de origem espanhola Juan Carlos Escotet (dono do Banesco na Venezuela, hoje um dos maiores bancos do país) comprou-o por cerca de 1.000 milhões de euros, criando o Abanca.
Também em 2013, o Banesco comprou o Banco Etcheverría, que era o mais antigo banco de Espanha, fundado em 1717, que agora pertence ao Abanca.
Segundo o Bloomberg Billionaires Index, citado pela EFE, Escotet é o único venezuelano entre os 500 homens mais ricos do mundo.
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