Cuidados médicos são um fardo pesado para 15% das famílias portuguesas
Portugal encontra-se entre os dez Estados-membros onde mais famílias classificaram os gastos com cuidados médicos, dentários e com medicamentos como um fardo pesado.
As famílias portuguesas estão entre as que mais sentem o peso dos cuidados médicos nas despesas, na União Europeia (UE). Também os gastos com os cuidados dentários e com medicamentos são um fardo nas carteiras nacionais. Mesmo assim, existem bastantes portugueses que consideram que as despesas médicas não sobrecarregam o orçamento.
Quase 15% dos portugueses indicaram que os cuidados médicos eram um fardo pesado, de acordo com os dados do Eurostat relativos a 2017, uma fatia que fica acima da média europeia e posiciona-se entre as dez mais altas. Em Portugal, cerca de 34% disseram que tinham algum peso, e metade apontaram que não tinha influência nos gastos.
Na UE, foram 11% aqueles que classificaram os cuidados médicos como um grande peso, e 55% os que disseram que não pesava nada nos gastos. Foi no Chipre que mais pessoas consideraram o fardo pesado, seguido pela Bulgária e Itália. Também no Luxemburgo e na Bélgica os cuidados são pesados para mais de 15% da população.
Também no que toca aos cuidados dentários Portugal situa-se entre os países que mais sentem o peso dos gastos na carteira, aproximadamente um quinto das pessoas. Nesta área já não chegam a metade aqueles que classificam como não sendo um fardo, fixando-se nos 43,9%.
Novamente, a média da UE fica abaixo de Portugal nos que consideram um peso alto, e acima nos que não sentem a influência destas despesas. Desta feita, Espanha inclui-se também no top 10 dos países que sentem mais o efeito dos custos no dentista, com um terço a classificar o fardo como pesado. Em Itália, quase 40% das famílias dizem que os cuidados dentários pesam muito.
O cenário repete-se ainda quando se olha para as despesas com medicamentos. 17,9% das famílias portuguesas sentem a pressão elevada dos gastos, 36,5% consideram que tem algum peso, enquanto 45,6% dizem que a despesa com os medicamentos não é um fardo. A média da UE aponta para que 12,6% das famílias vejam nos medicamentos um fardo pesado.
O gabinete de estatísticas da UE realça que aqueles que vivem em agregados familiares de duas pessoas que incluem pelo menos uma pessoa com 65 anos ou mais são os que sentem mais o peso dos cuidados. Também as famílias sem filhos dependentes e os agregados de dois adultos relataram que os cuidados de saúde representam uma pressão para o orçamento.
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