Papeleiras levam o PSI-20 de regresso aos ganhos. Sonae Indústria afunda 8%
A bolsa de Lisboa abriu com ganhos ligeiros, em linha com a tendência na Europa. O setor do papel e pasta de papel segue em alta, enquanto as retalhistas penalizam.
A bolsa de Lisboa abriu, esta quarta-feira, com ganhos ligeiros, em linha com a tendência nas principais praças europeias. O PSI-20 sobe 0,23% para 5.151,08 pontos, com o papel e a pasta de papel a impulsionar os ganhos. No dia em que apresentam contas e em que se discute no Parlamento a potencial nacionalização do serviço postal, os CTT estão sob pressão.
As empresas do setor do papel e da pasta de papel lideram os ganhos no PSI-20. A Navigator avança 1,8% para 4,40 euros por ação, a beneficiar da nota de research do BiG – Banco de Investimento Global que vê a empresa como “extremamente subavaliada”, aponta para um potencial de valorização de quase 40% e para um aumento dos dividendos nos próximos cinco anos. A Semapa ganha 1,15% e a Altri 0,69%.
Na energia, a tendência também é positiva, com a EDP Reváveis a subir 0,49% para 8,185 euros e a EDP a avançar 0,12% para 3,27 euros. A Galp avança 0,17%, num dia misto para o preço do petróleo. O brent negociado em Londres perde 0,18% para 66,33 dólares, enquanto o crude WTI avança 0,21% para 56,21 dólares.
A REN valoriza 0,46% para 2,60 euros, depois de ter recebido a aprovação do Governo para o Plano de Investimento e Desenvolvimento da Rede de Transporte de Eletricidade 2018-2027. O montante total do investimento é de 535,1 milhões de euros.
Profit-warning afunda Sonae Indústria
Os CTT apresentam os resultados de 2018 após o fecho das bolsas, numa altura em os correios voltam a estar debaixo de fogo em várias frentes, com diversas vozes a defenderem a renacionalização da empresa. Às 10h00, o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, vai estar na comissão de economia para responder às perguntas dos deputados sobre o serviço postal universal.
Neste cenário, as ações da cotada liderada por Francisco Lacerda caem 0,33% para 3,072 euros. Entre os títulos do índice de referência nacional no vermelho, estão o BCP, que desliza 0,09% para 0,2308 euros por ação, e a Sonae, que perde 0,77% para 0,907 euros.
Fora do PSI-20, a Sonae Indústria está em destaque. A empresa alertou os que vai registar uma forte quebra nos resultados do final do ano passado devido ao reconhecimento de uma imparidade avultada, de oito milhões de euros, com o encerramento da fábrica que detém em parceria com a LaminatePark na Alemanha. As ações afundam 8,16% para 1,365 euros.
Juros da dívida aliviam antes de leilão
Na Europa, as ações estão a beneficiar da aposta dos investidores em que as negociações entre EUA e China vão resultar num acordo comercial proximamente. O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a ganhar 0,2%, enquanto o alemão DAX sobe 0,6%, o francês CAC 40 avança 0,2%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,3% e o italiano FTSE MIB soma 0,2%.
No mercado cambial, o euro valoriza ligeiramente (0,02%) contra a par norte-americana, para 1,1343 dólares. Já nas dívidas da Zona Euro, a sessão está a ser de poucas alterações. No caso de Portugal, a yield das Obrigações a 10 anos está a aliviar dos mínimos históricos tocados esta terça-feira.
Os juros da dívida portuguesa benchmark seguem inalterados, em mercado secundário, nos 1,505%, no dia em que Portugal regressa aos mercados para emitir dívida de curto prazo. Pelas 10h30, o Tesouro realiza dois novos leilões de Bilhetes do Tesouro com maturidades de três e 11 meses (maio de 2019 e janeiro de 2020). O objetivo do instituto liderado por Cristina Casalinho é o de captar entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros com esta operação.
(Notícia atualizada às 8h35)
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