CTT afundam 8%. Trambolhão extravia bolsa de Lisboa

Os CTT afundaram. Deram um trambolhão em bolsa, o maior em nove meses, depois da queda nos resultados ter ditar um corte expressivo na remuneração aos acionistas. Esta descida, juntamente com a da maioria das cotadas nacionais, atirou a bolsa portuguesa para terreno negativo, acompanhando a tendência na Europa.

O principal índice de referência português, o PSI-20, recuou 0,32% para 5.161,43 pontos, num dia negro para quase todas as cotadas, que terminaram a negociação na linha vermelha. Lá fora, a tendência foi semelhante. O Stoxx 600 recuou 0,35% para 370,15 pontos, enquanto o britânico FTSE perdeu 0,45% e o francês CAC encerrou a negociação na linha de água.

Um dia depois de os Correios de Portugal terem divulgado as contas do ano passado, a empresa afundou em bolsa, encerrando a perder 8,11% para os 2,878 euros. Recorde-se que, esta quarta-feira, os CTT avançaram que registaram lucros de 19,6 milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra de 28% face ao período homólogo.

CTT afundam em Lisboa

Os custos com a reestruturação pesaram nos resultados dos CTT, ditando uma quebra de mais de 70% dos dividendos a distribuir, para 0,10 euros por ação. Por outro lado, discute-se esta tarde, no Parlamento, a nacionalização da empresa. Francisco de Lacerda, durante a apresentação de resultados, mostrou-se confiante no voto contra estas iniciativas de nacionalização.

Mas, não só os CTT contribuíram para o mau desempenho do PSI-20. Também outros pesos pesados, como a EDP, a Sonae e o BCP castigaram a bolsa de Lisboa. A empresa liderada por António Mexia encerrou a negociação a desvalorizar 1,16% para 3,235 euros, enquanto a Sonae recuou 0,38% para 0,9095 euros.

Já o BCP, por sua vez, perdeu 0,09% para 0,2341 euros, no dia em que apresenta as suas contas referentes ao ano passado.

Em terreno positivo, a evitar perdas mais expressivas no principal índice bolsista, esteve a Jerónimo Martins, que avançou 1,54% para 12,84 euros. Também a Galp Energia terminou a negociação em terreno positivo, ao valorizar 0,68% para 14,735 euros.