Media Capital à venda? Rosa Cullell desconhece, mas “nenhum acionista desiste de vender ativos”
A gestora da Media Capital, Rosa Cullell, não sabe se a Prisa ainda está a tentar vender a empresa, mas reconheceu que nenhum acionista "desiste de vender ativos". Também deixa recados à concorrência.
A presidente executiva da Media Capital MCP 0,00% desconhece os contactos da principal acionista da empresa para a venda da dona da TVI. Mas admite que existam.
Rosa Cullell disse que não tem recebido informações sobre o dossiê e garantiu que as instalações em Queluz de Baixo não têm sido visitadas por interessados. Mas não escondeu admitir que os espanhóis da Prisa continuem a tentar negociar a venda do ativo: “Não conheço nenhum acionista que desista de vender ativos. Nunca desistem”, afirmou a gestora num encontro com jornalistas.
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Foi a resposta da líder executiva do maior grupo de media português à notícia de que a Prisa abordou a Record e a dona do Correio da Manhã para tentar vender a Media Capital. Isto depois de falhada a operação fechada em 2017 com operadora Meo, da Altice Portugal, por 440 milhões de euros. E numa altura em que, como avançou o ECO Insider na última sexta-feira, a Cofina, de Paulo Fernandes, se encontra mesmo a avaliar o negócio.
“Não se compra a liderança”
Falar de televisão é também falar de audiências. E o negócio tem estado mais dinâmico do que nunca, desde que Cristina Ferreira, que já foi uma das estrelas das manhãs da TVI, decidiu ir para a estação concorrente no início deste ano, com um programa próprio no qual é apresentadora a solo.
A transferência foi notícia pelos valores envolvidos, numa aposta de força da Impresa para tentar derrubar a liderança da Media Capital, que se verifica há vários anos. E tem resultado: a SIC, da Impresa, está cada vez mais próxima da TVI em audiências gerais e já superou a estação de Queluz de Baixo no horário da manhã em dias úteis. No entanto, Rosa Cullell disse que vê a liderança de uma outra perspetiva.
Sem nunca referir a concorrência — mas numa mensagem clara para o seu homólogo, Francisco Pedro Balsemão –, a gestora da Media Capital afirmou: “Não se compra a liderança. Constrói-se. Tem de se conquistar a liderança. E nós conquistámos a liderança há muitos anos”, disse. “Espero muito que consigamos mantê-la”, frisou.
Rosa Cullell também alertou que, de um ponto de vista financeiro, a liderança tem de ser feita com “sustentabilidade” e que é um caminho longo, que se prepara durante anos. “Pode-se ganhar amanhã e não ganhar a liderança. Pode-se perder um dia, pode-se perder o mês, mas pode-se ganhar o ano”, avisou a líder do grupo que detém a TVI.
A Media Capital apresentou lucros de 21,6 milhões de euros relativos ao ano de 2018 esta segunda-feira, um crescimento de 9% face ao exercício de 2017. Rosa Cullell aproveitou para fez um balanço positivo da recuperação do mercado assistida nos últimos anos e prometeu que a TVI tem novidades preparadas para fazer frente à concorrente SIC já “a partir de março”.
Ações da Media Capital deslizam 3%
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