Instrumento orçamental para a Zona Euro é “garantia de estabilidade”, diz Centeno
Mário Centeno afirmou que o reforço do euro é “a melhor resposta para a incerteza, desde as tensões do comércio internacional ao Brexit”.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, defendeu esta quinta-feira, em Lisboa, que o instrumento orçamental para a Zona Euro será uma “garantia de estabilidade” e prosperidade para os países da moeda única.
O “instrumento orçamental será, a prazo, uma garantia de estabilidade e um fator de prosperidade para os países da moeda única”, disse Mário Centeno, que falava aos jornalistas, após o encontro com o homólogo alemão, Olaf Scholz.
Para o também presidente do Eurogrupo, ao “fomentar a competitividade e convergência”, este instrumento vem dar resposta às “carências sistémicas identificadas durante a crise, ajudando os países a enfrentar períodos de incerteza e tomando a área do euro um espaço mais coeso”. Por outro lado, este instrumento “tornará também a zona euro mais atrativa para outros países europeus”.
Mário Centeno afirmou ainda que o reforço do euro é “a melhor resposta para a incerteza, desde as tensões do comércio internacional ao Brexit” (saída do Reino Unido da União Europeia).
Por outro lado, sublinhou também que a incerteza “começa a minar, infelizmente, a confiança na economia”, o que leva a menores perspetivas de crescimento.
"O instrumento orçamental será, a prazo, uma garantia de estabilidade e um fator de prosperidade para os países da moeda única.”
“O papel dos ministros das Finanças é antecipar estes riscos e preparar os países para os desafios, pensando tanto no curto como no longo prazo. É isso que vamos continuar a fazer no Eurogrupo”, indicou.
O ministro das Finanças informou ainda que, no encontro com Scholz, passaram em vista “os maiores desafios” que têm pela frente até à cimeira dos líderes que decorre em junho, tais como completar a união bancária, rever o Tratado do Mecanismo Europeu de Estabilidade, para além de criar um mecanismo orçamental para a zona euro.
Durante a sua intervenção, o líder do Ministério das Finanças referiu também que a visita de Olaf Scholz “surge em boa altura”, coincidindo com o processo de reforma da zona euro “para tornar a nossa economia mais robusta, mais inclusiva e, portanto, mais preparada para enfrentar futuras crises”.
Mário Centeno notou que “não é fácil fazer reformas tão abrangentes e ambiciosas” fora de um período de crise, vincando que a agenda de integração europeia em Portugal é “muito importante” porque cumpre o desígnio europeu.
“Enquanto presidente do Eurogrupo sou testemunha do empenho da Alemanha no processo de aprofundamento da moeda única. Em particular, da determinação e perseverança do ministro Scholz, a quem agradeço o contributo na procura de soluções comuns”, concluiu.
Por sua vez, Olaf Scholz frisou estar “muito satisfeito” com o entendimento do Eurogrupo e com o trabalho de Mário Centeno, acrescentando que, nos últimos anos, foram desenvolvidos “instrumentos com melhor desempenho do que aqueles” que se tinha entre 2008 e 2010.
“Para o próximo ano o tema central será o investimento orçamental na zona euro (…). Iremos fazer tudo para que este conceito seja concretizado e para continuar o nosso trabalho conjunto”, assegurou.
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