PJ faz buscas na ASAE. Suspeita de irregularidades recai sobre alto dirigente
A PJ fez buscas na ASAE no norte do país e na sede da autoridade, em Lisboa. Inquérito investiga alegadas irregularidades que terão sido cometidas por um alto dirigente.
A Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas em “várias instalações” da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) no norte do país, no âmbito de um inquérito que investiga alegadas irregularidades relacionadas com a atividade deste organismo. As buscas realizadas também se estenderam à sede, em Lisboa, no âmbito de um inquérito que investiga alegadas irregularidades de um alto dirigente deste organismo.
Fonte policial disse à agência Lusa tratar-se do diretor regional Norte da ASAE, sublinhando, no entanto, que a investigação, a qual teve origem numa denúncia, está ainda numa fase “precoce” e que “a recolha de elementos documentais” levada a cabo pelos inspetores da Polícia Judiciária visa confirmar a veracidade dos dados relatados na participação.
Uma nota divulgada, entretanto, pela Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto indica que, em causa, estão factos relacionados com o funcionamento dos Serviços Regionais da ASAE na região Norte e acrescenta que as buscas estão relacionadas com um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca do Porto (Porto, 12.ª secção), que investiga crimes económico-financeiros.
No âmbito desta investigação, assinala a PGD, foram realizadas buscas “não domiciliárias em serviços da ASAE e domiciliárias e de pesquisa informática”, não estando constituído qualquer arguido.
Contactado pela Lusa, o gabinete do Secretário de Estado da Defesa do Consumidor, João Torres, referiu: “Estamos a acompanhar as diligências que os órgãos próprios estão a desenvolver e, uma vez concluídas essas diligências, teremos oportunidade para nos debruçarmos sobre as mesmas”.
As buscas tinham sido já confirmadas anteriormente à Lusa por fonte policial, que acrescentou estarem “em curso diligências para recolha de elementos documentais, com vista a esclarecer uma situação pontual que tem a ver com a atividade da ASAE”, a qual foi “participada e está a ser investigada” pelas autoridades. Segundo a mesma fonte, até ao momento, “ainda não há arguidos constituídos” no âmbito deste inquérito, que investiga a prática de alegados crimes económicos.
(Notícia atualizada às 15h10 com mais informações)
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