Impasse nas negociações comerciais pressiona Wall Street
A penúltima sessão da semana em Wall Street foi morna, dominando a prudência face ao impasse sentido nas negociações entre os Estados Unidos e a China.
As negociações comerciais entre Washington e Pequim estão envoltas em incerteza, sentimento que acabou por contaminar as negociações na praça nova-iorquina, na penúltima sessão da semana. Donald Trump adiantou, esta quinta-feira, que as conversações com Xi Jinping estão a correr bem, mas não precisou se será ou não possível chegar a um acordo, o que desanimou os investidores.
Deste modo, o índice de referência, o S&P 500, terminou a sessão em queda ligeira de 0,08%. O tecnológico Nasdaq seguiu o mesmo caminho, recuando 0,17%. Já o industrial Dow Jones conseguiu fechar no verde, mas por pouco. Valorizou 0,04%.
“O comércio é uma das principais matérias nas quais os mercados estão focados. É possível verificar que os índices estão a variar entre ganhos ligeiros e perdas, já que os investidores não conseguem interpretar os confusos sinais sobre o comércio”, explica JJ Kinahan, analista citado pela Reuters.
A somar às declarações do Presidente dos Estados Unidos, a Bloomberg avançou, esta tarde, que o encontro entre Trump e Jinping para a assinatura do acordo em causa será adiado para, no mínimo, abril, o que trouxe algum receio e prudência às praças bolsistas.
Estas notícias estão a pressionar, sobretudo, os títulos das empresas mais dependentes de exportações para a China. É caso da Boeing, cujas ações recuaram 1,06% para 373,30 dólares. A fabricante de aviões está a ter uma semana difícil em Wall Street. Nas duas primeiras sessões da semana, os seus títulos recuaram mais de 5%, na sequência do acidente que resultou na morte de centena e meia de pessoas e, consequentemente, da suspensão dos voos operados pelo mesmo tipo de aviões. Agora, é a vez das tensões comerciais pressionarem as ações da multinacional, dificultando a sua recuperação.
Na tecnologia, destaque para o Facebook, cujos títulos caíram 1,85% para 170,17 dólares, depois da falha técnica de quarta-feira. A maior rede social do mundo esteve inacessível durante várias horas, levando milhares de utilizadores a reclamarem. Já a Apple viu as suas ações avançarem 1,11% para 183,73 dólares.
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