Novo Banco rejeita que esteja a vender imóveis a preços “desajustados”
Em reação às declarações da deputada Helena Roseta, o Novo Banco garante que "não vende quaisquer imóveis a preços desajustados de valores de mercado".
O Novo Banco garantiu, esta quinta-feira, “que não vende, nem pretende vir a vender, quaisquer imóveis a preços desajustados de valores de mercado”, segundo adiantou fonte oficial do banco à agência Lusa.
A instituição reage assim a declarações proferidas pela deputada Helena Roseta esta quarta-feira no parlamento, que considerou que na “limpeza do balanço que o Novo Banco tem vindo a fazer, estão a ser vendidos ‘ativos imobiliários não estratégicos’, ao desbarato e com grandes perdas, ao primeiro que se apresente”, nomeadamente a “um hedge fund [fundo de investimento], outro eufemismo para fundo abutre”, referiu a arquiteta.
Helena Roseta deu o exemplo do projeto Viriato, uma carteira imobiliária, com um valor contabilístico de 717 milhões de euros, com 8.726 propriedades com usos residencial, industrial, comercial e terrenos”. “Foi vendida à Anchorage Capital Group, que pagou apenas 389 milhões de euros. Uma pechincha”, sintetizou.
Fonte oficial do banco explicou que “realizou no ano de 2018 uma operação de venda de pequenos imóveis em bloco (residencial, comercial e terrenos rústicos) – globalmente designada por ‘Projeto Viriato’ – a qual foi devida e transparentemente divulgada, mas que tem despertado renovado interesse”.
A mesma fonte “vem recordar que 80% deste portfólio faz parte da sua atividade corrente, não gozando, portanto, de qualquer proteção contingente, e a sua venda seguiu as melhores práticas internacionais”. O Novo Banco lembrou ainda que esta venda foi feita através de um concurso internacional, que recebeu sete propostas, e que a instituição negociou “em concurso final com duas delas, tendo comunicado ao mercado a proposta vencedora a 10 de outubro do ano passado”.
A venda “foi uma das 11 operações comparáveis propostas ao mercado nos últimos dois anos no mercado ibérico e uma das três realizadas em Portugal. A título de exemplo, o Novo Banco vendeu a parte residencial do portfólio com um desconto médio de 16% face ao valor líquido contabilístico e um desconto sobre o valor de avaliação de 31%, contra um desconto médio de 45% em Portugal e um desconto médio de 43% em Espanha”, segundo um estudo comparativo.
A instituição garantiu ainda que a venda foi “considerada, em termos de preço, a segunda mais cara operação do ano na Península Ibérica e a que atingiu melhor valor em Portugal”.
“Fica, assim, esclarecido que o Novo Banco não vende, nem pretende vir a vender, quaisquer imóveis a preços desajustados de valores de mercado, sendo naturalmente bem-vindos todos os potenciais compradores em futuros concursos que venha a realizar”, concluiu a mesma fonte.
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