Oito horas, 29 startups e nove empresas. É o Energy Startups Matchmaking Day
Em cerca de oito horas, 29 startups vão evitar os vários dias que precisariam para andar de porta em porta a pedir uma entrevista a cada uma das empresas presentes.
Os empreendedores tiveram uma manhã de pitchs. Agora, enfrentam uma tarde de reuniões bilaterais e, no final do dia, pode ser que, pelo menos, uma multinacional esteja interessada em fazer negócio, ou mesmo em investir em alguma das startups. Em apenas cerca de oito horas, estas startups vão evitar o calvário de vários dias de andar de porta em porta a pedir uma entrevista a cada uma das empresas presentes.
Ao todo, são 29 startups ligadas à área da energia e da tecnologia, vindas da Europa e de Israel, que estão a participar esta terça-feira no Energy Startups Matchmaking Day, na sede da EDP, em Lisboa. Entre elas, estão duas portuguesas: a Enging e a Livedrive. A expectativa é, claro, o mesmo: atrair investimento.
“Ganhámos um selo de excelência no ano passado, o que nos dá 40% de financiamento a fundo perdido. Esperamos hoje encontrar parceiros e financiadores para os restantes 60%. Precisamos de praticamente um milhão de euros”, refere Miguel Aires, CEO da Livedrive.
A Livedrive trabalha na área da telemática automóvel, promovendo a conectividade entre veículos e grandes volumes de dados. “Desenvolvemos tecnologia para ligar os carros, sobretudo, os condutores, à internet. Através da recolha de dados online nos carros, chegamos ao estudo da área comportamental da condução, a forma como cada um de nós conduz, mas de forma quantitativa, não de forma subjetiva”, explica o CEO da Livedrive.
O objetivo último é atingir níveis mais elevados de sustentabilidade de mobilidade rodoviária, tudo isto através de uma simples “mudança na forma como se conduz”.
Já a Enging, que fechou recentemente uma ronda de investimento de mais de 1,1 milhões de euros para aplicar na internacionalização, tem vindo a trabalhar junto do grupo EDP. Aliás, a EDP Ventures foi mesmo um dos principais investidores na startup (investiu um milhão de euros). Marco Ferreira, CEO da Enging, avança que esta ronda de investimento vai ajudar na expansão do negócio, nomeadamente para a Alemanha, Suíça, Áustria e Índia
Hoje, Marco Ferreira espera conseguir estabelecer uma ligação com outras empresas, nomeadamente com clientes finais. “Neste momento, estamos à procura de clientes finais. Estamos numa fase de aceleração de negócio. Toda a nossa tecnologia está, neste momento, provada”, afirma. A Enging consegue detetar avarias em motores e transformadores de infraestruturas industriais como centrais nucleares, petroquímicas e elétricas.
Tanto a Livedrive como a Enging já são, contudo, vencedoras. É que, de algum modo, as 29 startups que foram escolhidas entre um total de mais de mil empresas para participar no evento desta terça-feira já são as startups vencedoras. Têm a oportunidade de se apresentarem, através de um pitch, a possíveis investidores e, também, de conversarem com eles mais aprofundadamente em reuniões bilaterais, durante esta tarde.
EDP tem mais de 70 milhões para investir
“Estamos neste momento a gerir mais de 70 milhões de euros em três fundos de investimento para estas startups. Estamos a construir futuro. É importante percebermos que só apoiando estas iniciativas e estas empresas é que conseguimos que o país seja mais competitivo”, afirma António Mexia, CEO da EDP.
O montante investido esta terça-feira vai, contudo, depender “da capacidade destas empresas nos entusiasmarem a nós e a todos os outros parceiros que temos à volta da mesa”.
Também António Vidigal, chairman da EDP Inovação, anunciou, durante a sua intervenção no evento, que a EDP tem 72 milhões de euros de venture capital destinados ao investimento em startups, tendo já aplicado mais de 30 milhões. Anualmente, a empresa liderada por António Mexia tem um total de cerca de 70 milhões de euros para investir em investigação e desenvolvimento a nível mundial.
Além da EDP, e prontas para também escutar as ideias de inovação, estão oito multinacionais: Siemens, Microsoft, Cisco, ENECO, Encevo, ESB, CEZ e Innogy. Mas também elas tiveram de preparar um pitch para se apresentarem às startups. No fundo, todas procuram novas ideias — inovadoras e disruptivas — que permitam acrescentar valor aos seus negócios.
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