Investidores desapontados com dados económicos. Wall Street perde força

Os investidores estão desapontados com a queda das encomendas de bens de capital. Também o caótico Brexit está a contribuir para o clima de receio e incerteza nas bolsas norte-americanas.

Depois da divulgação dos números de março sobre a atividade industrial nos Estados Unidos da América (EUA) e na China terem feito os investidores respirar de alívio, os receios voltaram a assombrar as bolsas norte-americanas. Os investidores estão desapontados com a queda das encomendas de bens de capital, excluindo a defesa e, também, o Brexit está a contribuir para o clima de receio e incerteza em Wall Street.

De acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), o Departamento de Comércio informou esta terça-feira que as encomendas de bens de capital, excluindo a defesa, caíram 0,1%. Os economistas consultados pela agência noticiosa previam, pelo contrário, que este indicador permanecesse inalterado.

“Chegamos a um momento em que vamos precisar de novas evidências para elevar o mercado”, disse Art Hogan, da National Securities, citado pela Reuters.

Porém, enquanto novos sinais de otimismo não chegam, o S&P 500 encerrou a negociação na linha de água, enquanto o industrial Dow Jones caiu 0,31% para 26.177,02 pontos. Apenas o tecnológico Nasdaq se destacou pela positiva, registando ganhos de 0,26% para 7.848,98 pontos.

A contribuir para o desempenho do Nasdaq esteve, sobretudo, a valorização dos títulos do Facebook. A empresa liderada por Mark Zuckerberg terminou a sessão a subir 3,26% para 174,20 dólares.

Ainda na senda das preocupações dos investidores está o caótico processo do Brexit. Várias das cotadas de Wall Street com presença na União Europeia (UE), como por exemplo a Ford Motor, estão a gastar milhões de dólares para elaborar um plano que tem como objetivo evitar danos maiores, no caso de um hard Brexit.

Recorde-se que esta tarde, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que vai pedir ao Conselho Europeu uma nova extensão do prazo para a saída do Reino Unido da União Europeia. Contudo, May quer que a saída do Reino Unido da UE seja formalizada antes das eleições europeias, nas quais já não quer que o Reino Unido participe.

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