Brexit. Há como voltar atrás?
Cinco meses depois da votação que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia, o ex-primeiro-ministro Tony Blair diz que ainda é possível voltar atrás.
Quem votou para ficar na União Europeia, ainda tem hipótese de ver a sua vontade satisfeita? O ex-primeiro ministro Tony Blair disse esta manhã ao semanário News Statesman que a saída da União Europeia pode não acontecer se os eleitores decidirem que o medo de abandonar fala mais alto do que os benefícios que esta saída possa trazer.
Há cinco meses, no referendo do Reino Unido para o divórcio da União Europeia o “sim” ganhou. No entanto, Tony Blair comparou o Brexit à “venda de uma casa sem se ter visto aquela para onde se vai”.
“Isto ainda pode ser evitado se os ingleses assim o quiserem”, disse Tony Blair ao semanário News Statesman, citado pela agência Reuters. “Não digo que fiquemos na União Europeia, mas podíamos. Até sabermos o que significa sair como podemos saber se vale a pena?”, acrescentou o ex-primeiro-ministro, que desempenhou funções entre 1997 e 2007.
O resultado do Brexit apanhou muitos CEOs, investidores e o setor bancário de surpresa e a libra registou a maior queda de sempre num dia face ao dólar. A instabilidade financeira é a maior que se vive desde a Segunda Guerra Mundial, e já levou alguns líderes europeus a afirmar que o Reino Unido devia repensar este divórcio.
Segundo a agência Reuters, há sondagens que mostrado que a vontade para a permanência na União Europeia tem aumentado e que alguns dos que votaram “sim” já se arrependeram. No entanto, a primeira-ministra Theresa May sempre afirmou que “o Brexit significa Brexit” e que vai levar a cabo as conversações formais para a saída no fim de março.
“Ela é uma pessoa muito sensível, mas está a entregar o Brexit, e tem de o fazer. De outro modo vai perder o apoio dos meios de comunicação da direita, e abrir mais uma fenda no Partido Conservador”, defendeu Tony Blair ade propósito da posição de Theresa May.
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