Burnout dos colaboradores entre as principais preocupações das empresas
A preocupação da empresa com o bem-estar dos funcionários é um dos fatores chave para a retenção de colaboradores, indica o “Global Talent Trends 2019”, elaborado pela Mercer.
Perceber que funcionários correm risco de burnout, uma perturbação psicológica associada ao stress de trabalho, é uma das principais preocupações dos executivos que participaram do “Global Talent Trends 2019” elaborado pela consultora Mercer. É a primeira vez que o risco de exaustão aparece no topo das prioridades, “um claro sinal da importância crescente dos interesses humanos nos planos de transformação”, lê-se no relatório.
Aliás, o mesmo estudo revela que a preocupação da empresa com o bem-estar dos funcionários é um dos fatores chave para a retenção de colaboradores, bem como a flexibilidade de horário e a segurança no trabalho – “entenda-se segurança no sentido mais lato, incluindo também segurança emocional”, explicam.
“O futuro do trabalho exige cada vez maior conectividade entre as pessoas e não apenas com tecnologia, criar um ambiente de trabalho apelativo onde as pessoas queiram ‘estar’ e não apenas ‘ir’, construir uma identidade coerente com os valores e ações, estimular ligações, e utilizar a informação para personalizar a experiência,” comenta Pedro Brito, Partner da Mercer.
Entre os mais de 7.300 inquiridos, três em cada quatro executivos preveem uma transformação significativa nos seus negócios nos próximos três anos. Por sua vez, a reestruturação das funções, leva a que um em cada três colaboradores esteja preocupado em ver a sua função substituída por Inteligência Artificial ou pela automatização. “À medida que os executivos procuram tornar as suas organizações ‘future-fit’, os riscos associados às pessoas – incluindo a capacidade em adequar as novas competências necessárias para o negócio e ultrapassar o cansaço provocado pela rápida mudança – podem ser um entrave no progresso da transformação”, menciona a Mercer em comunicado.
A este respeito, Pedro Brito refere que “ao longo dos últimos anos, as organizações passaram da antecipação à ação no que se refere à preparação do futuro do trabalho. Contudo, é crítico equilibrar os processos de mudança e implementar uma estratégia de transformação eficiente, de forma a evitar confundir as pessoas com tanta mudança, inundando-as com processos infindáveis, levando-as muitas vezes à exaustão e alienação relativamente aos valores e ao propósito da organização”.
O “Global Talent Trends 2019” identificou, também quatro tendências chave que as empresas líderes de mercado estão a explorar este ano: alinhamento do trabalho ao valor do futuro, desenvolvimento da ressonância da marca, curadoria da experiência de trabalho, transformação liderada pelo talento.
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