Governo não exclui hipótese de reversão da privatização dos CTT
Ministério das Infraestruturas diz que Pedro Nuno Santos não afastou a hipótese de reversão da privatização da empresa feita em 2014. "O Governo não exclui, neste momento, nenhum cenário", refere.
O Ministério das Infraestruturas e da Habitação veio esta quarta-feira clarificar a posição do Governo relativamente à reversão da privatização dos CTT. Em esclarecimento enviado às redações, fonte oficial do gabinete de Pedro Nuno Santos chama a atenção para a “ideia errada” que “alguns meios de comunicação social” transmitiram na passada terça-feira retiraram da audição no Parlamento do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. “Transmitiu-se uma ideia errada da posição que ontem, na audição no Parlamento, o ministro das Infraestruturas e da Habitação tomou sobre o serviço público postal e a empresa CTT”, refere fonte do Ministério em comunicado.
“Diz-se que [Pedro Nuno Santos] afastou a hipótese da reversão da privatização da empresa feita em 2014. Tal não corresponde à verdade” lê-se em comunicado.
Durante a audição, o ministro “afirmou claramente que, sobre essa matéria, não há nenhuma decisão tomada e que nada está excluído”, recordou fonte do Ministério. Assim, o comunicado vem esclarecer que, finda a atual concessão de serviço público postal — que se estende até ao final de 2020 –, “terá de ser definida a forma como se vai continuar a prestar o serviço público postal”.
“A exigência, findo este contrato de concessão, é a de que se garanta que todos os concelhos tenham uma estação dos correios, o que não significa que já tenha sido tomada qualquer decisão sobre uma eventual recompra da empresa por parte do Estado” clarifica. “Sobre esta questão, repete-se o que se afirmou: o Governo não exclui, neste momento, nenhum cenário”.
A decisão sobre a renegociação do contrato de concessão dos correios será feita pelo Executivo que se formar a partir das eleições legislativas de 6 de outubro. O Governo tem rejeitado a ideia partilhada pelos parceiros políticos à esquerda do PS de renacionalizar os correios, mas deixou sempre em aberto que poderiam existir alterações das condições no momento em que o contrato fosse renegociado, o que acontece em 2020.
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