Sonae Indústria lucra menos. Culpa os custos mais elevados na América do Norte

A Sonae Indústria lucrou menos no primeiro trimestre, fruto dos custos elevados da madeira e da energia térmica na América do Norte. Melhoria da Sonae Arauco beneficiou as contas.

A Sonae Indústria conseguiu fechar o primeiro trimestre com as contas no verde, mas a empresa ainda não recuperou totalmente das “dificuldades sentidas” no final do ano passado. A companhia registou um lucro de 1,2 milhões de euros até março, uma queda de 2,6 milhões de euros face ao período homólogo.

A companhia justifica a queda do resultado líquido com a redução do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) no mesmo período, fruto dos maiores custos na América do Norte e do baixo volume de vendas nos laminados. O indicador derrapou 17,7% no arranque deste ano em termos homólogos, cifrando-se em 4,8 milhões de euros. Ainda assim, o montante representa uma subida de 19,5% em cadeia.

Na apresentação de resultados divulgada esta quarta-feira na CMVM, Paulo Azevedo, presidente do Conselho de Administração da empresa, destaca a recuperação em relação ao trimestre mais adverso no final do ano passado. Em causa está a melhoria dos resultados da Sonae Arauco, da qual detém 50% do capital. A empresa que fabrica painéis de madeira gerou “um EBITDA recorrente mais alto que nos dois trimestres anteriores”, explica o gestor na carta introdutória.

"Apesar do resultado líquido positivo registado, enfrentamos ainda alguns desafios neste trimestre, nomeadamente nos nossos negócios integralmente detidos.”

Paulo Azevedo

Presidente do Conselho de Administração da Sonae Indústria

Em sentido inverso, as contas foram penalizadas pelos “negócios integralmente detidos”. Entre as dificuldades destacadas está, por exemplo, o “aumento material dos custos de madeira”, os maiores custos da energia térmica e a subida nas despesas com manutenção na América do Norte, assim como a menor rentabilidade do negócio de laminados e componentes, devido a “insuficientes volumes de vendas”.

No primeiro trimestre, a Sonae Indústria gerou um volume de negócios total de 56,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 4,5% do que no período homólogo de 2018. No campo da dívida, a companhia fechou o mês de março com uma dívida líquida de 206 milhões de euros. Trata-se de uma redução de três milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior.

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