Wall Street em mínimos de dois meses. Investidores fogem das ações

As bolsas norte-americanas estão em mínimos de vários meses. Os investidores continuam a fugir das ações perante os receios de um abrandamento económico a nível mundial.

As bolsas norte-americanas estão em queda, negociando em mínimos de vários meses. Este fraco desempenho acompanha a tendência negativa nos mercados europeus, num dia em que os investidores evitam as ações perante receios em torno de um abrandamento da economia mundial.

O pessimismo tomou conta dos investidores depois de a imprensa chinesa ter dado conta de que o regime de Xi Jinping poderá cortar as exportações de metais raros para os EUA, entre os quais estão alguns que são críticos para a produção de dispositivos eletrónicos e equipamento militar.

Face a estas informações, o S&P 500 abriu a sessão a cair 0,81% e está a cotar no valor mais baixo em dois meses, enquanto o industrial Dow Jones cai 0,78% e está próximo de um mínimo de quatro meses. Já o tecnológico Nasdaq perde 0,92%.

A Apple está a derrapar 0,84%, para 176,73 dólares, “apanhada” no meio da guerra comercial entre os dois países. Já a fabricante de placas gráficas Nvidia cai 2,19%, para 140,19 dólares.

A fuga das ações tem levado a uma aposta mais robusta nas obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos, resultando numa queda dos juros nesta maturidade, ficando abaixo da yield da dívida a três meses. Esta quarta-feira, essa queda foi ainda maior, levando os juros para o nível mais baixo desde setembro de 2017.

Os juros da dívida de curto prazo (três meses) dos EUA estão nos 2,351%, acima dos 2,22% no prazo mais longo (dez anos). Há uma inversão na curva de rendimentos, o que pode ser problemático. Este cenário é visto pelos traders como um sinal de que uma recessão poderá estar no horizonte. Isto levou ainda a uma queda de mais de 1% das ações da banca.

Este são os mais recentes desenvolvimentos na guerra comercial que opõe as duas maiores economias do mundo e que ameaça o crescimento económico ao nível global. Sinais de fraqueza têm surgido um pouco por todo o mundo, sendo o mais recente o número de pedidos de subsídio de desemprego na Alemanha, que subiu de forma inesperada em maio, levantando sérias questões sobre o estado do mercado laboral europeu.

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