PSI-20 cai 1,16% e fecha abaixo dos 5.000 pontos pela primeira vez em cinco meses

Mota-Engil desvalorizou mais de 8,64%, mas setor da energia recuperou de arranque no vermelho. BCP viu cotação a cair apesar de revisão do rating. Bolsas europeias evoluem positivamente.

Depois de um mês de maio marcado por fortes quebras, junho não começou melhor para a bolsa portuguesa, que evoluiu em sentido contrário ao da Europa. A praça lisboeta recuou 1,2% na primeira sessão do novo mês, fechando nos 4.983,72 pontos. Desde 16 de janeiro que o PSI-20 não fechava abaixo dos 5.000 pontos e desde 4 de janeiro que não estava abaixo dos 4.900 pontos.

A primeira negociação de junho ficou marcada pela forte desvalorização da Mota-Engil, que perdeu 8,64%, fechando a valer 1,935 euros por título, valor mais baixo desde fevereiro de 2019. Também a Ramada e a NOS sofreram desvalorizações assinaláveis esta segunda-feira, perdendo 4,46% e 3,27%, respetivamente.

A construtora portuguesa, “uma vez que é muito exposta ao mercado emergente”, estará a refletir não só as tensões crescentes ao nível do comércio global, como também a ver o mercado a reagir às declarações do seu líder em África, considera a XTB, no comentário sobre o fecho do mercado.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/psi20/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”478″ slug=”psi20″ thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/psi20/thumbnail?version=1549903158373&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” mce-placeholder=”1″]

“A Mota-Engil é a empresa que mais desvaloriza, uma vez que é muito exposta ao mercado emergente. 15% das suas operações estão em Angola. As declarações, do seu líder em África, da semana passada, não ajudam a recuperar a confiança dos investidores. Manuel Mota diz que os investimentos em Angola são de ‘execução’ lenta”, diz Carla Maia Santos, Sales Team Leader da XTB.

A praça lisboeta fechou assim em contraciclo com o resto da Europa, onde as principais bolsas foram recuperando gradualmente ao longo das negociações, depois de também terem aberto em queda. O Stoxx 600 subiu 0,3%, o alemão DAX ganhou 0,5%, o CAC40 evoluiu 0,6% e o FTSE italiano avançou 0,36%.

Além das quedas mais expressivas antes citadas, é de salientar que ao longo do dia as cotadas em Lisboa do setor da energia acabaram por recuperar de um início de sessão que as penalizou, com EDP Renováveis, REN e EDP a fecharem todas no verde. Além destas, só a Jerónimo Martins conseguiu valorizar esta segunda-feira, subindo 0,7%.

Já o BCP, e mesmo apesar de ter recebido boas notícias esta segunda-feira, com a revisão do rating, fechou a sessão a perder 2,46%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

PSI-20 cai 1,16% e fecha abaixo dos 5.000 pontos pela primeira vez em cinco meses

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião