Novas tabelas da ADSE com atraso de três meses. Vão ser reveladas até sexta-feira

As metas definidas para entrega das novas tabelas de preços da ADSE já derraparam várias vezes. O novo compromisso é até ao final desta semana, apurou o ECO.

As novas tabelas de preços da ADSE ainda não foram entregues, dez semanas depois do primeiro prazo definido, que apontava para 15 de abril. O Conselho Diretivo já ultrapassou também a meta de maio que tinha sido indicada, e agora o final do mês de junho é a nova data apontada para apresentar os números, apurou o ECO.

As tabelas estarão prontas “muito rapidamente”, garantiu, ao ECO, Eugénio Rosa, vogal do Conselho Diretivo eleito pelos representantes dos beneficiários. “Talvez este mês”, adianta, sem se comprometer com uma data definitiva. O responsável explica a demora com o facto de este ser um “processo demorado”, já que se trata de fixar milhares de preços.

Ao Conselho Geral de Supervisão (CGS) do subsistema de saúde dos funcionários públicos, liderado por João Proença, também terá sido apontada sexta-feira como a data possível de apresentação das tabelas, o último dia útil do mês de junho. O CGS terá depois de elaborar um parecer sobre as novas tabelas.

Do lado dos prestadores também se dava conta da falta de avanços. Já no final de abril a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) informava os associados, numa newsletter, de que a ADSE ainda não tinha apresentado qualquer proposta, “apesar das promessas realizadas”.

Fim das regularizações

O novo documento será apresentado aos prestadores privados, que poderão fazer sugestões ou reparos. A nova tabela deverá acabar com as regularizações, sendo composta por preços fechados. Anteriormente, as regularizações fizeram agravar as tensões entre alguns grupos privados e a ADSE, depois do subsistema de saúde dos funcionários públicos exigir 38 milhões de euros por faturação excessiva.

Alguns dos privados, como os grupos Luz Saúde e José de Mello Saúde, chegaram mesmo anunciar que iam suspender as convenções com a ADSE. Mas voltaram atrás na decisão passado pouco tempo, depois de a ADSE mostrar disponibilidade para negociar. Estas decisões, tomadas quase em simultâneo, levaram a Concorrência a fazer buscas em alguns hospitais, por suspeitas de concertação.

No relatório de atividades da ADSE referente a 2018 as estimativas apontam para que a regularização da faturação dos prestadores privados ascende a 11 milhões euros em 2017 e a 10 milhões de euros no ano seguinte, no que perfaz um total de 21 milhões de euros nos dois anos.

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