PCP lamenta que Governo anuncie medidas para a ferrovia apenas “em final de mandato”
"PCP não pode deixar de lamentar que o Governo tenha recusado a sua implementação durante os últimos três anos e meio e que, só agora, em final de mandato, em vésperas de eleições", diz o PCP.
O Partido Comunista Português (PCP) lamentou que as medidas divulgadas esta quinta-feira pelo Governo para a ferrovia, que contemplam um plano de investimento de 45 milhões de euros, só tenham sido anunciadas “em final de mandato”.
“Valorizando essas medidas, o PCP não pode deixar de lamentar que o Governo tenha recusado a sua implementação durante os últimos três anos e meio e que, só agora, em final de mandato, em vésperas de eleições e pressionado pelas dificuldades na oferta que as suas opções implicaram, tenha decido dar resposta”, criticam, em comunicado, os comunistas.
O PCP não pode deixar de lamentar que o Governo tenha recusado a sua implementação durante os últimos três anos e meio e que, só agora, em final de mandato, em vésperas de eleições e pressionado pelas dificuldades na oferta que as suas opções implicaram, tenha decido dar resposta.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou, após a reunião do Conselho de Ministros, um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar “material circulante encostado” e contratar 187 trabalhadores para a CP e para a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).
Pedro Nuno Santos revelou ainda que o Executivo pretende “iniciar o processo de fusão” entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro e a empresa de manutenção do material circulante para “otimização dos recursos e melhor articulação”.
No comunicado, “o PCP lamenta apenas que os volumes de investimento anunciados, nove milhões de euros em 2019 e 36 milhões de euros nos restantes, seja manifestamente insuficiente para concretizar o plano agora anunciado”, garantindo que “irá continuar a intervir no sentido de reclamar um maior investimento público”.
“O PCP regista a decisão de avançar para a integração da EMEF na CP até 31 de dezembro de 2019, tomada 20 anos depois da errada e prejudicial saída da EMEF da CP”, sublinha o PCP.
Relativamente à contratação de novos trabalhadores, os comunistas defenderam que essa intenção “seja imediatamente materializada na abertura de concursos e na integração destes trabalhadores na operação”.
“Para o PCP são medidas que devem começar a ser implementadas desde já, não as remetendo para momentos posteriores, iniciando um processo de recuperação do setor ferroviário nacional”, conclui a nota do PCP.
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