Lagarde já entregou demissão do FMI. Sai a 12 de setembro
Até a nomeação ser confirmada, Lagarde suspendeu funções como diretora-geral do FMI, mas não tinha ainda renunciado ao mandato. A renúncia permite que o fundo lance a corrida à sucessão.
Christine Lagarde já oficializou o pedido de demissão do Fundo Monetário Internacional (FMI). A atual diretora-geral da instituição financeira, que foi indicada para suceder a Mario Draghi à frente do Banco Central Europeu (BCE) a partir de novembro, anunciou esta terça-feira que irá deixar funções a 12 de setembro.
“Reuni-me com o conselho executivo e entreguei a minha demissão do Fundo com efeito a partir de 12 de setembro de 2019”, anunciou Lagarde, que tinha já suspendido funções após o anúncio preliminar da nomeação. “A suspensão de responsabilidades como diretora-geral, anunciada anteriormente, vai continuar com efeito até então“, acrescentou a francesa, em comunicado.
No último Conselho Europeu, em que foram escolhidos os próximos altos cargos europeus, Christine Lagarde foi escolhida para suceder aos oito anos de Mario Draghi, podendo vir a ser a primeira mulher e o primeiro não economista (é jurista) a liderar a instituição. Na sequência da nomeação, Christine Lagarde disse-se “honrada” pela escolha.
Mas a sua nomeação ainda tem de ser confirmada. Quase todos os passos até ao sucesso da nomeação são uma mera formalidade, menos um. Primeiro o Conselho Europeu indica um nome, de seguida o Eurogrupo discute esse nome e faz uma recomendação, que o Conselho Europeu então aprova. Até aqui, tudo formalidades. Depois seguem-se as consultas ao Parlamento Europeu e ao conselho de governadores do BCE.
Até a nomeação ser confirmada, Lagarde suspendeu funções como diretora-geral do FMI, mas não tinha ainda renunciado ao mandato. A renúncia permite que o fundo lance a corrida à sucessão.
“Agora que tenho maior clareza sobre o processo de nomeação para presidente do BCE e quanto tempo irá demorar, tomei esta decisão pelo melhor interesse do Fundo, já que irá acelerar o processo de seleção do meu sucessor”, acrescentou Lagarde. “O conselho executivo irá agora tomar as medidas necessárias para avançar com o processo de escolha do novo diretor-geral. David Lipton irá continuar como diretor-geral interino“.
O conselho executivo do FMI anunciou, posteriormente, que recebeu e aceitou o pedido de resignação de Lagarde. “Queremos expressar o maior apreço pelo que a diretora-geral Lagarde fez pela instituição. O seu legado de conquistas deixou uma longa marca no fundo”, sublinhou.
O FMI acrescentou sobre a francesa que “sob a sua direção, o fundo foi bem-sucedido em ajudar os membros a navegar desafios complexos e sem precedentes, incluindo o impacto a crise financeira global“. Sem adiantar qualquer timing, confirmou ainda que “o conselho executivo do FMI irá iniciar imediatamente o processo de seleção do próximo diretor-geral e irá comunicá-lo atempadamente”.
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