Grupo Salvador Caetano admite integração de 300 pessoas para reforçar aposta nos autocarros
Questionado sobre se sente carência de mão-de-obra, o responsável da empresa disse que "há muita, muita carência de trabalhadores". Até mesmo na área das vendas.
O grupo Salvador Caetano admite a integração de 300 trabalhadores este ano para reforçar a aposta no segmento de autocarros, indicou esta terça-feira um dos administradores, José Ramos, que lamentou a escassez de mão de obra qualificada.
“No ano passado admitimos cerca de 300 pessoas e este ano vai pelo mesmo caminho. Já entraram cerca de 100 e até ao final do ano [devem chegar mais] 200”, disse José Ramos, presidente da Salvador Caetano Indústria, quando falava aos jornalistas à margem da inauguração das novas instalações do centro de formação. A cerimónia que contou com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, bem como do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.
O grupo Salvador Caetano apostou, recentemente, num novo projeto de fabrico de autocarros movidos a hidrogénio que se transforma em eletricidade. E a par desta aposta, a empresa está também no mercado de autocarros para servir os aeroportos, bem como para transportadoras nacionais como a Carris – Transportes Públicos de Lisboa ou a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), a Transportes de Braga ou a Transportes do Barreiro.
De acordo com José Ramos, “o mercado nacional foi a linha de arranque”, mas, acrescentou, “na linha de produção de autocarros estão unidades que seguirão para Inglaterra e para outros países”, estando em causa “uma aposta internacional”. “E é para esse segmento [os autocarros] que precisamos de mais colaboradores”, disse o administrador.
Esta terça-feira, o grupo Salvador Caetano inaugurou em Gaia, no distrito do Porto, as instalações novas do seu centro de formação que existe desde 1983 e pelo qual passaram cerca de 4.000 alunos. Neste momento, o centro acolhe 150 formandos em cinco cursos e no país existem sete polos.
José Ramos destacou que a taxa de empregabilidade dos alunos do centro de formação da Salvador Caetano é de 98%, sendo que 10% segue para a faculdade e cerca de metade fica no grupo.
Questionado sobre se sente carência de mão-de-obra, o responsável da empresa foi perentório: “Se há. Há muita, muita carência de trabalhadores”. “Mesmo na área das vendas, na parte comercial, há carência. Damos formação também a vendedores, embora predominantemente o foco seja na indústria porque estamos a crescer e precisamos de pintores, chapeiros e mecânicos para a indústria dos autocarros. No mês de agosto vamos fazer um curso extraordinário para pintores”, contou.
Na cerimónia desta terça-feira, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, considerou que a Salvador Caetano “é pioneira em Portugal no campo da formação profissional” e defendeu que “as empresas nunca devem separar-se da formatação do sistema de ensino do país”.
“Sejam embaixadores desta experiência porque estão a valorizar a vossa vida, esta empresa e o país”, disse o governante quando se dirigiu aos alunos presentes. Já Eduardo Vítor Rodrigues recordou que Gaia está a apostar num projeto de metrobus, tendo “convocado” a Salvador Caetano, “um grupo com tecnologia de ponta e cultura de empresa que valoriza e acredita nas pessoas”, a participar na discussão desta medida.
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