Estado reclama em tribunal 104 milhões a empresário próximo de Oliveira e Costa

No início do mês, o empresário Carlos Marques começou a responder no Campus da Justiça, em Lisboa, por causa dos empréstimos que recebeu do BPN. O Ministério Público não encontro vestígios de comportamento criminoso, mas os juíze da Relação falam em indícios de uma “fraude gigantesca”, avança este domingo o Público (acesso pago).

O empresário está a ser julgado por burlas que atingem os 104 milhões de euros. Mas, a este montante que o Estado reclama, através da Parvalorem — criada para ficar com os ativos tóxicos do antigo BPN, que foi nacionalizado em 2008 e entretanto extinto –, somam-se ainda 35 milhões. Estes, por sua vez, relativos a processos de cobrança coerciva de dívidas registadas nas Finanças relativos a si e a empresas às quais esteve ligado.

Carlos Marques nega tudo, alegando que os créditos que lhe facultou o banco liderado por Oliveira e Costa, de cujo genro era amigo, seguiram os procedimentos normais e legais. E, a seu favor, está o próprio Ministério Público, que, após oito anos de investigação, considerou que não existem indícios suficientes para julgar o empresário do ramo imobiliário e automóvel por burla qualificada. Já quanto aos crimes de fuga ao fisco, a maioria tinha prescrito em 2016.