Requisição civil ou militares na greve dos motoristas? Catarina Martins diz que “não há fundamento”

  • Lusa
  • 5 Agosto 2019

A coordenadora do BE diz que "não há fundamento" para que o Governo avance para uma requisição civil na greve dos motoristas, nem mesmo o recurso aos militares para minorar os efeitos da paralisação.

A coordenadora do BE recusou a existência de “fundamento legal” para o Governo recorrer a militares ou à requisição civil caso avance a greve dos motoristas de matérias perigosas, convocada dia 12 e por tempo indeterminado.

“Não há necessidade, nem fundamento legal [para a requisição civil ou para colocar militares a fazer o transporte de matérias perigosas]. Só quando há incumprimento de serviços mínimos é que eventualmente o Governo pode utilizar outros meios”, afirmou Catarina Martins no Porto, após entregar no tribunal a lista de candidatos às legislativas pelo distrito em que é cabeça-de-lista.

A coordenadora nacional do BE frisou que “os sindicatos já disseram que vão cumprir os serviços mínimos” e, “se vão cumprir os serviços mínimos, o problema fica resolvido”.

Declarações que surgem depois de o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, ter admitido, a 29 de julho, a utilização das forças armadas para minorar os efeitos da greve dos transportadores de combustíveis, desde que “tenha o enquadramento constitucional apropriado”.

BE lamenta dinheiro público usado em “fundo abutre” do Novo Banco

A coordenadora do BE criticou também a perspetiva de recurso do Novo Banco a cerca de 500 milhões de euros, lamentando que o “dinheiro público” seja usado para pagar a fatura de “um fundo abutre”.

“Estamos a por dinheiro público num banco privado, que foi entregue a um fundo abutre e que fará o máximo dinheiro no mínimo tempo possível, deixando a fatura para os contribuintes portugueses”, lamentou Catarina Martins.

Na sexta-feira foi divulgado que o Novo Banco prevê pedir mais 541 milhões de euros ao Fundo de Resolução e a coordenadora do BE considera estar em causa uma “situação inaceitável” que demonstra a necessidade de “outras regras para a banca e para as resoluções”.

(Notícia atualizada às 12h48 com mais informações)

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