Após recordes em 2018, Mota-Engil volta a aumentar volume de negócios
Construtora divulgou dados preliminares da atividade de janeiro a junho. Apesar de ainda não revelar lucros, o volume de negócios cresceu 7,5% e a carteira de encomendas superou os 5,2 mil milhões.
A Mota-Engil fechou o semestre com uma carteira de encomendas superior 5,2 mil milhões de euros. Após ter atingido o valor recorde de 5.465 milhões de euros na totalidade do ano passado, as perspetivas de evolução do negócio continuam em “níveis historicamente elevados” e a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins volta a reforçar a presença internacional.
Na divulgação de indicadores económico-financeiros preliminares, a Mota-Engil comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter registado uma “carteira de encomendas acima dos 5,2 mil milhões de euros, dos quais 75% fora da Europa“.
O volume de negócios da construtora aumentou cerca de 7,5%, face ao período homólogo, para 1,34 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 10% para 194 milhões de euros.
Já a dívida líquida situou-se em 1,07 mil milhões de euros, “apesar do elevado investimento e do fundo de maneio tradicionalmente desfavorável no primeiro semestre”, refere a empresa, que irá apresentar resultados ao mercado a 29 de agosto.
No ano passado, o lucro da Mota-Engil multiplicou-se por 12 vezes para 24 milhões de euros, com o volume de negócios no recorde de 2.818 milhões de euros.
Os dados preliminares são conhecidos no mesmo dia em que a Mota-Engil anunciou também a entrada em novos mercados, como o Panamá, e a celebração de contratos em diversos países, designadamente aquele que classifica como “um dos maiores de sempre no setor do ambiente”.
No Panamá, o contrato conseguido através de concurso público internacional está avaliado em 178 milhões de dólares (159 milhões de euros). Implica a extensão de 2,2 quilómetros da Linha 1 do metro da cidade do Panamá, a executar em 33 meses, bem como a construção de uma estação terminal com capacidade para mais de dez mil passageiros em horas de ponta.
Após o anúncio, as ações da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins valorizaram na bolsa de Lisboa. Os títulos da empresa, tal como as restantes cotadas do PSI-20 mais expostas aos mercados internacionais, recuperam também devido à menor tensão na guerra comercial e acabaram por fechar com um ganho de 4,62% para 1,742 euros por ação.
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